Estas celebridades brilharam em 2021 (ou quase)

Com um rol de sucessos, estas foram as celebridades que mais se destacaram pela positiva em 2021 — ou que, pelo menos, conseguiram conquistas para contrabalançar com um ou outro percalço.

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Adele, em 2012, quando conquistou seis Grammys Reuters/LUCY NICHOLSON

Adele

2021 foi o ano em que Adele saiu da sombra, depois de uma longa ausência — em 2019, a cantora britânica separou-se do empresário Simon Konecki e há cinco anos que não dava uma entrevista. Como já vem sendo hábito da artista, que utiliza as tragédias da vida como inspiração, o divórcio é o tema do álbum 30, lançado em Outubro. E Adele até deu, não uma, mas duas entrevistas: à Vogue e a Oprah Winfrey.

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DR

No novo disco, a cantora de Easy on me revelou que queria explicar ao filho Angelo, de nove anos, quem é e por que escolheu separar-se do pai. Adele falou também a Oprah sobre a perda de peso que fez manchetes em 2020, algo que não a incomodou. “Não estou chocada, nem sequer perturbada, porque o meu corpo foi tratado como um objecto durante toda a minha carreira”, observou, concluindo que “ou estou demasiado gorda ou demasiado magra”. Apesar da mudança de visual, reforçou à Vogue, continua a ser a mesma pessoa. I.D.F.

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Britney Spears em 2018 Mario Anzuoni/Reuters

Britney Spears

Ao longo de mais de uma década, pareceu que estava tudo bem com a princesa da pop, embora de vez em quando surgissem rumores de algum mau estar familiar. O verniz estalou no arranque de 2021, quando um documentário do New York Times, Framing Britney Spears, expôs a forma como o pai abusava da cantora, ao controlar a sua vida pessoal e financeira até ao mais ínfimo pormenor. Pelo meio, uma carta-branca dada por tribunal, quando Britney, em 2008, foi considerada incapaz de tomar conta de si e perdeu o direito à autodeterminação. E, por fim, a artista ganhou coragem para levantar o véu de uma pretensa normalidade: testemunhou o abuso de uma tutela que descreveu de “estúpida”, conseguiu que o tribunal lhe deixasse escolher o seu advogado e, por fim, reconquistou a liberdade. Agora, noiva e feliz por poder ter as chaves do carro no bolso, a cantora não pensa voltar aos palcos tão cedo: “As pessoas não fazem ideia do que me foi feito e, depois de tudo o que passei, tenho medo das pessoas e do negócio”, confessou na sua conta de Instagram. C.B.R.

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Daniela Melchior em Esquadrão Suicida INSTAGRAM/Daniela Melchior

Daniela Melchior

Em 2021, aos 25 anos, a actriz Daniela Melchior saltou do pequeno ecrã português para uma grande produção de Hollywood. A 5 de Agosto estreou-se n’ O Esquadrão Suicida, onde a natural de Almada deu vida à personagem Ratcatcher 2. Ao longo de várias semanas, esteve entre as actrizes mais populares da base de dados de cinema IMDB e o The Hollywood Reporter descreveu-a como “the next big thing” (a próxima grande revelação, numa tradução livre). Sobre a fama internacional, Daniela Melchior demonstrou modéstia. “É bom, mas passa depressa”, escreveu no Instagram. Agora, divide o tempo entre Portugal e Hollywood, onde já estará a preparar novos projectos. I.D.F.

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Elon Musk em 2020 REUTERS/STEVE NESIUS

Elon Musk

Personalidade do Ano de 2021 para a revista Time, o multimilionário Elon Musk teve o que se pode chamar um ano em cheio. O fundador da Tesla e da SpaceX viu a primeira a ultrapassar, em 2021, o bilião (ou o milhão de milhões) de dólares de valorização e a segunda a levar ao espaço a primeira tripulação composta inteiramente por civis. Além disso, é ele o homem mais rico do planeta que, com um estalar de dedos no Twitter, influencia as bolsas de valores e até consegue alterar o valor das criptomoedas. Ainda este ano, uma revelação pessoal: Elon Musk disse ter síndrome de Asperger, uma perturbação do espectro do autismo. C.B.R.

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Eunice Muñoz Paulo Pimenta

Eunice Muñoz

Em 2021, Eunice Muñoz representou uma oportunidade de se brindar à vida, depois de, aos 92 anos (entretanto, já completou os 93), ter regressado aos palcos para assinalar os 80 anos de carreira e fazer a sua despedida, passando o testemunho à neta Lídia Muñoz, que contracenou consigo em A Margem do Tempo, a peça de Franz Xaver Kroetz na qual avó e neta partilham palco, personagem e silêncios. Pelo caminho, ainda surgiram alguns contratempos, que a obrigaram a um tempo de repouso, mas Eunice recompôs-se a tempo de assistir presencialmente à estreia de um desejo tornado filme, assinado por Tiago Durão, e de subir ao palco que a viu nascer como actriz: a 28 de Novembro, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, onde se estreou profissionalmente, sob a bênção de outro ícone nacional, Amélia Rey Colaço, com Vendaval, a actriz agradeceu ao público que a “acarinhou e aplaudiu” ao longo de oito décadas. C.B.R.

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Ben Affleck e Jennifer Lopez em Agosto de 2021, no Festival de Cinema de Veneza YARA NARDI/Reuters

Ben Affleck e Jennifer Lopez

Para os fãs de Ben Affleck e Jennifer Lopez, este ano ficou marcado pelo regresso da dupla romântica Bennifer. Em Abril, a actriz e cantora terminou o noivado com a ex-estrela do basebol dos New York Yankees Alex Rodriguez, com quem manteve uma relação durante quatro anos. Os rumores de que J.Lo e Affleck estariam juntos começaram a surgir pouco depois. Em Julho, a novidade foi confirmada com uma fotografia de um beijo apaixonado entre os dois, partilhada pela cantora de On the floor nas redes sociais. O par conheceu-se, em 2002, durante as filmagens da comédia romântica Duro Amor. A química entre os dois acabaria por invadir a vida real e a actriz optaria pelo divórcio de Cris Judd. Um ano depois, Bennifer terminariam a relação, atribuindo a culpa à exposição mediática. Em 2021, parecem estar mais apaixonados do que nunca e não se inibem de o mostrar ao público. I.D.F.

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Jill Biden em Junho de 2021 NEIL HALL / POOL

Jill Biden

O ano arrancou com a mudança de Jill e Joe Biden para a Casa Branca. A nova primeira-dama norte-americana, de 70 anos, fez história ao ser a primeira mulher de um Presidente a manter a sua profissão. É professora de inglês desde 1976, um ano antes de conhecer o marido, e actualmente dá aulas de composição inglesa na Northern Virginia Community College, para onde se desloca diariamente acompanhada de agentes dos Serviços Secretos. Na universidade, consta que a primeira-dama tem um pequeno gabinete repleto de desenhos dos netos e fotografias da família. Antes das eleições, em Novembro de 2020, numa entrevista à revista Vogue, garantiu que iria “definir aquele papel da maneira que queria que fosse”. E é isso que tem feito ao longo de 2021. Ao contrário de Melania Trump, que não se envolvia no “trabalho” do marido e chegou a viver vários meses fora da Casa Branca, Jill Biden tem sido voz activa nas políticas de educação da Administração Biden. I.D.F.

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Lady Gaga na estreia de Casa Gucci em Los Angeles, Novembro de 2021 REUTERS/Mario Anzuoni

Lady Gaga

Como é que Lady Gaga começou 2021? A cantar, claro!, e logo na tomada de posse de Joe Biden. Mas este não foi o ano em que a cantora de Born this way foi notícia pelas novas canções, mas por outros motivos. Em Fevereiro, dois dos três buldogues franceses da artista foram raptados, depois de quem os passeava ter sido alvejado quatro vezes no peito, em Los Angeles, mas tudo acabou bem: o cuidador dos animais recuperou e Koji e Gustav voltaram a casa. Quando o incidente aconteceu, Lady Gaga estava em Roma a filmar Casa Gucci, onde deu vida a Patrizia Reggiani, a ex-mulher de Mauricio Gucci, que ordenou o seu assassinato. Ainda este ano, Stefani Germanotta — o nome verdadeiro de Lady Gaga — revelou ter sofrido um esgotamento, na sequência do trauma de uma violação que resultou numa gravidez, quando tinha apenas 19 anos. A artista tem sido voz activa para a importância da saúde mental e falou sobre o tema na série The Me You Can’t See, conduzida pelo príncipe Harry e Oprah Winfrey. I.D.F.

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Naomi Osaka num treino na Austrália, a 29 de Dezembro de 2021 REUTERS/Loren Elliott

Naomi Osaka

Este foi o ano em que os atletas falaram sem pudor sobre saúde mental. Destaca-se a tenista Naomi Osaka, que revelou sofrer de depressão, na sequência de ter boicotado as conferências de imprensa do torneio Roland Garros, em Paris, em prol do seu bem-estar. “Sempre senti que as pessoas não se importam com a saúde mental dos atletas e isso é particularmente verdade quando vejo ou participo numa conferência de imprensa”, escreveu no Twitter. Depois de ter sido multada por faltar ao encontro com os jornalistas e abandonar o torneio, as revelações de Naomi Osaka chocaram os fãs. “Tenho tido muita dificuldade em lidar com isso [a depressão]”, escreveu. A atitude da japonesa de 24 anos foi elogiada por atletas de todo o mundo, incluindo Serena Williams e o melhor tenista do mundo, Novak Djokovic, que a descreveu como “corajosa”. I.D.F.

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Simone Biles em Agosto de 2021 REUTERS/Lindsey Wasson

Simone Biles

A ginasta Simone Biles tem sido das atletas mais corajosas dos últimos anos e, em 2021, confirmou tudo isso. Depois de, em 2018, ter revelado fazer parte das vítimas de abusos sexuais do médico Larry Nassar, este ano, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a norte-americana de 24 anos abandonou a final colectiva da ginástica artística por questões de saúde mental. Numa declaração emocionada à imprensa, Biles “abriu o livro”: “Sempre que estamos numa situação de stress elevado, de certa forma ‘passamo-nos’. Tenho de me concentrar na minha saúde mental e não pôr em risco o meu bem-estar. Temos de proteger o nosso corpo e a nossa mente. É uma merda quando se luta contra a própria cabeça”. Esta última frase fica como uma das mais marcantes deste ano. A ginasta abriu a discussão para saúde mental dos atletas olímpicos, ao dizer abertamente que sentia o peso do mundo às costas. “Quando estava no ar, não sabia onde estava”, confessou. I.D.F.

Se há quem tenha inscrito o seu nome nas estrelas, por sucessos pessoais ou profissionais — ou até mesmo por usar a fama para chamar a atenção para assuntos de importância global —, houve quem se tenha destacado ao longo de 2021 numa espécie de montanha-russa, com percalços a disputarem a visibilidade das conquistas. Casos de:

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Charlene do Mónaco em 2013 REUTERS/Eric Gaillard

Charlene do Mónaco

Charlene do Mónaco fez capas de revistas cor-de-rosa ao longo de 2021 e, na maioria das vezes, isso não foi positivo. Primeiro, viajou para a África do Sul, com o intuito de promover o fim da caça furtiva a rinocerontes, uma missão que se revelou um sucesso. Mas acabou por se ver impedida de regressar ao principado e para junto da família quando lhe foi diagnosticada uma infecção aos ouvidos, nariz e garganta – a notícia foi dada em Maio, para explicar a sua ausência do Grande Prémio de Fórmula 1 do Mónaco, mas a situação clínica ter-se-á agudizado, obrigando-a a ficar no país africano onde cresceu (nasceu em Bulawayo, na Rodésia, actual Zimbabwe). Ao longo dos meses, foi submetida a vários procedimentos cirúrgicos, mas a imprensa tablóide não se coibiu de concluir que o que mantinha a princesa na África do Sul era o fim do casamento com Alberto. E, quando foi anunciada nova cirurgia, houve até quem dissesse que a situação era de quase morte. Os rumores ganharam tal dimensão que o príncipe teve a iniciativa de esclarecer, numa entrevista, que estava tudo bem com ambos. Já a família de Charlene veio a público sublinhar que nem quase morreu, nem o casamento está em perigo. Em Novembro, Charlene regressou ao Mónaco. Mas, em vez de retomar a atarefada agenda, desapareceu do escrutínio público. “Ainda precisa de descanso e paz”, informou o príncipe ao jornal Monaco Matin. Nada que assuste o pai da ex-campeã de natação: “A minha filha costumava nadar 20 quilómetros por dia. Com base na forma como costumava treinar, sei que é dura e que vai ultrapassar isto e sair muito mais forte.” C.B.R.

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Elliot Page MARK BLINCH/REUTERS

Eliott Page

No final de 2020, a estrela do filme Juno assumiu-se como transgénero e passou a ser conhecido como Elliot Page. “Não dá para começar a expressar o quão incrível é sentir que me amo o suficiente para perseguir o meu eu autêntico”, escreveu então, no Instagram. Mas, durante este ano, o actor canadiano foi notícia por diversas vezes e nem sempre pelos melhores motivos: logo no início do ano, em Janeiro, divorciou-se da mulher, a bailarina Emma Porter, com quem era casado desde 2018. No entanto, parece estar recomposto e, em Março, fez história ao ser o primeiro homem trans na capa da revista Time. Hoje, parece melhor do que nunca e partilha fotografias do novo corpo que inspiram jovens transgénero de todo o mundo, cumprindo o que prometeu e cumpriu em 2021: “Para todas as pessoas trans que lidam com abuso, ódio de si mesmos, e a ameaça diária de violência: eu vejo-vos, eu amo-vos e vou fazer tudo aquilo que posso para mudar este mundo para melhor”. Entretanto, numa entrevista a Oprah, Page, que tem sido uma voz activa pelos direitos trans, lamentou todos os projectos-lei nos Estados Unidos destinados a enfraquecer a comunidade. I.D.F.

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LUSA\FACUNDO ARRIZABALAGA

Meghan Markle

Meghan Markle. Um dos nomes que mais capas fizeram ao longo dos últimos 12 meses, pelas melhores e piores razões. Por um lado, a ex-actriz conseguiu o que queria: viver na Califórnia, tendo como vizinhas algumas das maiores celebridades; dar uma irmã ao primogénito Archie; e vencer a batalha contra os tablóides britânicos sobre uma contenda com o pai e a divulgação de uma carta que tinha dirigido ao progenitor. Por outro, viu a sua vida devassada, sendo apelidada de narcisista e sociopata (“Quando Harry está, ela é muito doce e uma pessoa diferente, mas quando ele sai, ela é má e controladora”, disse o pai, citado pela meia-irmã Samantha em The Diary of Princess Pushy’s Sister, publicado no início do ano) e acusada de ter perseguido funcionários enquanto habitava no Reino Unido. C.B.R.

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