Meghan é “narcisista e sociopata”, lê-se numa nova biografia sobre William e Harry

O historiador Robert Lacey, que se popularizou pelo seu trabalho de consultoria para a série The Crown, tem um novo livro em que revela detalhes sobre o que separou os inseparáveis William e Harry.

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Um membro do pessoal escreveu que “Meghan se regia pelo medo” Reuters/Toby Melville

Os irmãos William e Harry foram, ao longo dos anos, vistos como inseparáveis, revelando uma cumplicidade, possivelmente explicada pelo trauma a que sobreviveram lado a lado, quando da violenta morte da mãe, na sequência de um acidente de viação. Era evidente que tinham formas de estar muito distintas, mas revelavam um apoio incondicional um ao outro. E quando Kate entrou na equação, nada mudou. Até Meghan ter chegado, defende o livro de Robert Lacey, intitulado Battle of Brothers: William and Harry - The Inside Story of a Family in Tumult, que chega revisto, actualizado e com seis novos capítulos a 24 de Junho.

Nesta biografia, cujos excertos estão a ser publicados pelo reputado The Times, repetem-se as queixas feitas por funcionários reais contra Meghan Markle durante o seu tempo em Kensington, o palácio que os dois casais chegaram a dividir, citando muitos e-mails enviados, entre os quais se lê que Meghan é “narcisista e sociopata”.

E as queixas chegam às mais elevadas instâncias, com Jason Knauf, secretário de comunicações do Palácio de Kensington, a manifestar-se “preocupado com as inúmeras histórias de maus tratos que lhe foram trazidas por colegas que conhecia bem e em quem confiava”. Em 2018, numa correspondência com o secretário particular do príncipe William, Simon Case, Knauf manifesta preocupação pelo facto de a duquesa “ter sido capaz de intimidar dois assistentes” no ano anterior, ao ponto de os afastar.

Nessa mesma mensagem, Jason Knauf descreve o comportamento de Meghan como “totalmente inaceitável”, acrescentando que “a duquesa parece querer ter sempre alguém na sua mira”. Um membro do pessoal escreveu que “Meghan se regia pelo medo”. “Nunca nada era suficientemente bom para ela. Humilhava o pessoal nas reuniões, [gritava] com eles, [cortava-lhes] o acesso ao correio electrónico – e depois exigia saber por que não tinham feito nada.”

Até que, quando questionada sobre as suas atitudes, terá respondido por escrito: “Não me compete a mim mimar as pessoas.”

Terão sido todos estes episódios que levaram a que William tivesse “um confronto furioso” com o irmão Harry e decidido separar todos os aspectos que até então os dois casais dividiam na gestão de Kensington. Segundo Robert Lacey, William telefonou ao irmão mais novo assim que teve conhecimento das queixas, tendo Harry defendido a mulher. O duque de Cambridge terá então decidido ter esta conversa pessoalmente, o que originou um confronto violento: de um lado William, que considerava inaceitável o comportamento de Meghan; do outro, Harry estava “furioso por William ter dado crédito” às alegações de bullying feitas contra a mulher.

Na altura, passou-se a imagem de que a saída do Palácio Kensington tinha sido uma escolha dos duques de Sussex, mas neste livro Robert Lacey afirma que foi William que afastou o casal da propriedade onde residiam.

As queixas contra Meghan, a propósito da forma como trataria os funcionários, não são uma novidade e, em Março deste ano, o Palácio de Buckingham contratou uma firma externa para fazer um inquérito independente sobre as alegações de bullying. De acordo com o The Times, o Palácio determinou que o inquérito não “seria realizado em público” e que não teria um prazo.

Na altura, o porta-voz de Meghan fez saber que “a duquesa lamenta este último ataque contra o seu carácter, particularmente por ser alguém que já foi alvo de bullying e que tem um compromisso profundo com o apoio a pessoas que têm a mesma dor”.

Dias depois, numa entrevista a Oprah Winfrey, Harry disse que William e o seu pai, o príncipe Carlos, estavam “encurralados” nos deveres reais, acrescentando que se não tivesse sido por Meghan, ele também o estaria. “Estava encurralado, mas não sabia (…) O meu pai e o meu irmão estão encurralados. Não podem sair, e eu tenho uma enorme compaixão por isso.”

Na mesma conversa, houve acusações de racismo dirigidas a um membro da família real não identificado. E foi apenas a isso que William reagiu, ignorando as restantes acusações: “Não somos uma família racista.”

Robert Lacey, de 77 anos, é um historiador britânico, autor de várias biografias de sucesso, incluindo de Henry Ford, Eileen Ford e da rainha Isabel II, trabalhando como consultor histórico para a premiada série The Crown, da Netflix, cuja quinta temporada não deverá ser disponibilizada antes de 2022.

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