Prémios Mesa Marcada: João Rodrigues volta a ser o chef n.º1, Prado é o melhor restaurante

Os prémios distinguem os melhores da restauração. O Clássico do Ano é o Fialho de Évora e o Restaurante Novo do Ano é a Cozinha das Flores, de Nuno Mendes, no Porto. Rui Paula recebe prémio Carreira.

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João Rodrigues conquista o seu sétimo Prémio Mesa Marcada Rui Gaudencio
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Prado, por António Galapito, sobe a n.º1 dos restaurantes Ricardo Lopes
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A Cozinha das Flores de Nuno Mendes no Porto é o Restaurante Novo do Ano LUÍS MOREIRA / COZINHA DAS FLORES
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O Canalha, novo restaurante de Rodrigues, é o melhor restaurante de preço acessível joana freitas
Dieter Koschina
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Vista, por João Oliveira, em Portimão, é o Destaque do Ano dr
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Até ao ano passado, a vitória de João Rodrigues já era uma tradição dos Prémios Mesa Marcada, os únicos no país que premeiam a gastronomia e restauração a partir da votação de centenas de profissionais da área (são 280) e que foram revelados esta segunda-feira à noite. A tradição valeu seis anos de "reinado" para o ex-chef do lisboeta Feitoria, que, por fim, cederia o trono em 2023 a Vasco Coelho Santos (Euskalduna, Porto). Mas Rodrigues, entretanto dedicado aos projectos Matéria e Residência, e com novo restaurante - o já muito elogiado Canalha, em Lisboa -, está de volta ao topo e acaba de reconquistar o posto de chef preferido, uma das distinções anunciadas na gala dos prémios do site de gastronomia Mesa Marcada, cozinhado por Miguel Pires e Duarte Calvão, no Centro de Congressos do Estoril. Outro dos grandes destaques vai para o Prado (Lisboa), de António Galapito, eleito o melhor restaurante do país, sucedendo assim ao Ocean algarvio de Hans Neuner - embora num quase empate, ficaram separados por apenas dois pontos (703 vs. 701).

Nesta que é a 15.ª edição do evento, não faltam novidades, incluindo mais um prémio para João Rodrigues graças ao Canalha, apresentada na abertura, em Outubro, como nascido para resgatar “aqueles espaços que em Lisboa estão a desaparecer” ("revolucionário", chamou-lhe Miguel Esteves Cardoso). Esta moderna casa de pasto conquistou também o prémio para melhor restaurante de preço acessível.

Outra novidade de assinalar é a entrada do também recente Cozinha das Flores, de Nuno Mendes, aberto em 2023 no Porto, que não só entra para a lista d'os "10 Preferidos do Mesa Marcada", como vence o prémio de Restaurante Novo do Ano. Já o prémio de Chefe Revelação vai para Gil Fernandes, da Fortaleza do Guincho, uma subida de 24 lugares para o 16º.

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Um momento de festa: os premiados na gala do Centro de Congressos do Estoril Gerardo Santos

No ranking, ainda um olhar especial para o Vista, chefiado por João Oliveira no hotel Bela Vista de Portimão: recebe o prémio Destaque do Ano devido à sua subida fulgurante, foram 12 lugares em relação a 2023 e ficou pontuado para 8.º no top, e viu também o seu pasteleiro-mor, Fábio Quiraz, distinguido com o prémio especial Chefe de Pastelaria.

Também em alta, o Essencial, de André Lança Cordeiro, que subiu cinco postos no top 10 dos restaurantes (é 5.º) - o chef também merece destaque, já que subiu três posições e está no top 10, no 9.º lugar. A casa tem mais um galardão, o prémio de escanção do ano, entregue a Daniel Silva.

Em termos de localizações, Lisboa é claramente a vencedora dos prémios: cinco dos restaurantes do top 10 ficam na capital, três no Porto + Gaia, dois no Algarve. No top dos chefs, Lisboa consegue até sete moradas (aos cinco do top juntam-se Marlene vírgula, sendo a chef a única mulher na lista, e o Loco de Alexandre Silva), ficando o restante para Porto, Gaia e Porches (Algarve).

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O sorriso de João Rodrigues com o seu sétimo Prémio Mesa Marcada para Chef Miguel A. Lopes

Entre o clássico e a vanguarda

Se, por um lado, os prémios do Mesa Marcada acompanham as novas tendências, por outro também não esquecem a tradição. O prémio de Restaurante Clássico do Ano foi desta feita para o Fialho, de Évora, casa de culto que actualmente é liderada por Helena e Rui Fialho, netos do fundador, Manuel Fialho. No âmbito dos sábios longevos, sublinhe-se que o prémio Carreira, que já tinha sido anunciado antes da gala, foi para Rui Paula, por decisão dos "seus pares", um "painel de 30 chefes de cozinha" já distinguidos com entradas nos tops ou vencedores de prémios do site nos últimos cinco anos.

Já na vanguarda da sustentabilidade há dois premiados, um na categoria dos rurais, o restaurante Vale Abraão do Six Senses Douro Valley (Samodães, Lamego); outro na categoria dos urbanos, o restaurante vegetariano Em Carne Viva, do Porto. De realçar que estas distinções, atribuídas a espaços que se candidatam, informa-se em comunicado, são decididas após vistoria de uma "consultora especializada na área, a Grab a Doughnut".

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O Fialho de Évora, Clássico do Ano dr

Assinale-se ainda que os prémios não distinguem apenas profissionais da cozinha, mas também outros elementos essenciais da área, como, por exemplo, os empresários. E, no caso, o Empresário de Restauração do ano são dois, Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa, da Amorim Luxury Group, "responsáveis pelo universo JNcQUOI, em Lisboa (com extensão à Comporta)". Refira-se ainda a distinção para Melhor Serviço de Sala, entregue ao restaurante do Yeatman de Gaia.

Aliás, nesta gala da gastronomia, em que estiveram presentes cerca de 450 convidados, a festa não se fica pelos restaurantes, muito pelo contrário: a Comida Independente, em Lisboa, foi novamente distinguida com o prémio de Loja Gastronómica do Ano (é a terceira vez), o festival Chefs on Fire bisa como Evento Gastronómico do Ano e a Herdade do Freixo do Meio, de Montemor-o-Novo, liderada por Alfredo Cunhal Sendim, "defensor acérrimo da agroecologia e do montado alentejano", é o Fornecedor do Ano.

Nos bares: graças a prémios em estreia, o Red Frog, em Lisboa, de Paulo Gomes e Emanuel Minez, único bar português que tem brilhado nas listas dos World’s 50 Best Bars, é o Bar do Ano; enquanto o Rossio Gastrobar (do Altis Avenida, com a bartender Flavi Andrade​) é o Bar de Restaurante do Ano.

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Rui Paula, Prémio Carreira
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