Grandes Vinhos da Península de Setúbal

24 de abril de 2021
18:00

A região terá sempre o nome ligado ao generoso Moscatel de Setúbal. E com inteira justiça, mas ao lado desta casta a Península de Setúbal tem igualmente como uva identitária a Castelão. Este binómio foi depois alargado a muitas outras variedades que, a partir dos anos 90 do século passado, vieram enriquecer a oferta. Ocupa hoje um lugar de destaque nas escolhas dos consumidores, para isso muito contribuíram os cinco gigantes José Maria da Fonseca, Bacalhôa, Ermelinda Freitas, Adega de Pegões e Adega de Palmela. Além destes, existem mais quase três dezenas de produtores. Pelos cerca de 9500 hectares de vinhas que compõem o mosaico regional, espraiam-se dezenas de variedades, algumas mais antigas, outras mais recentes naquelas terras. O clima ameno e os solos de areia são a marca distintiva da zona de Palmela, os solos argilo-calcários distinguem as encostas da Serra da Arrábida. Muitos projectos vinícolas de qualidade, antigos e recentes, grandes e pequenos, promovem inovação e criatividade, quer ao nível dos vinhos brancos e tintos, quer dos generosos. Um bom exemplo foi o renascimento da variedade Moscatel Roxo, que esteve quase dada como perdida. A Península de Setúbal conjuga diversidade e carácter, com vinhos mais clássicos de Castelão de vinhas velhas, ao lado de perfis modernos baseados em Touriga Nacional, Syrah ou Alicante Bouschet. Sempre com o grande licoroso Moscatel como bandeira, claro. Neste evento do Portugal à Prova, provamos os vinhos Vale de Touros Vinhas Velhas Reserva tinto 2017, Adega de Pegões Grande Reserva tinto 2017 e Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal Superior 2009.

  • Prova por
  • Henrique Soares

    Henrique Soares

    Presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal

  • Moderação
  • João Paulo Martins

    João Paulo Martins

    Jornalista especializado na área dos vinhos

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