A diversidade da Charneca do Tejo

24 de abril de 2021
21:00

A região do Tejo produz mais vinho branco do que tinto, fruto sobretudo da importância da casta Fernão Pires, um emblema diferenciador de que a região se orgulha. O rio Tejo marca a região, divide-a em zonas distintas que vão dos terrenos de aluvião (a zona do Campo) até aos terrenos argilo-calcários (o Bairro) e arenosos (a Charneca). São 12 500 hectares de vinhedos onde cabe uma multiplicidade de castas, muitas delas relativamente recentes na região, mas que aqui se mostram muito bem. Depois da Fernão Pires, temos Arinto, Chardonnay, Viognier e Sauvignon Blanc, entre outras. A ligação em lote de Arinto com Chardonnay tem mostrado ser uma autêntica bandeira da região, de tal forma resulta bem. E nos tintos o Tejo recebeu bem a Syrah, a Touriga Nacional e a Tinta Roriz, que vieram fazer companhia às tradicionais Trincadeira e Castelão. A região tem vinhas de elevada produtividade, mas a tendência actual é apostar nos vinhos de qualidade e com carácter e alma regional. Desde Tomar até à lezíria produzem-se vinhos atractivos e muito gastronómicos e hoje o Tejo orgulha-se dos seus topos de gama que ombreiam com os melhores brancos e tintos de outras regiões. Os vinhos com origem na Charneca, a zona arenosa e de clima mais seco e quente do Tejo, são um excelente exemplo da qualidade e versatilidade da região. Neste evento do Portugal à Prova, provamos os vinhos A. C. A. Fernão Pires branco 2018, Tyto Alba Touriga Nacional tinto 2018 e Falcoaria tinto 2016.

  • Moderação
  • Luís Lopes

    Luís Lopes

    Jornalista, fundador e director da revista Grandes Escolhas

  • Prova por
  • João Silvestre

    João Silvestre

    Director-geral da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo

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