De desinformação e jerricã a influenciador e trotinete. Escolha a palavra do ano

A lista de 2019 tem dez palavras candidatas — o objectivo é definir o que marcou o ano de 2019.

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"Geringonça" foi a palavra do ano em 2016

“Um retrato do ano”. É isso que oferecem estas dez candidatas a Palavra do Ano, diz a Porto Editora, que este domingo divulga a lista. A escolha, essa, é feita por todos, já que a votação online está aberta até 31 de Dezembro.

No ano passado a Palavra do Ano foi “enfermeiro", com 37,8% dos 226 mil votos. E ao recuar uns anos as palavras escolhidas avivam a memória: os “incêndios” de 2017; a “geringonça” (2016);  “refugiado” (2015); “corrupção” (2014); “bombeiro” (2013); “entroikado” (2012); “austeridade” (2011); “vuvuzela” (2010); e “esmiuçar” (2009).

Desinformação

“Desinformação” abre a lista. É uma forma de dizer fake news em português e é isso que justifica a escolha do termo pela equipa de linguistas e lexicólogos da Porto Editora. “A difusão deliberada de informações falsas, apresentadas como verdadeiras, tem vindo a crescer nas redes sociais”, justificam os investigadores.

Jerricã

“As greves dos motoristas de matérias perigosas que levaram o governo a declarar uma situação de crise energética e muitos portugueses que recorreram a jerricãs para armazenar combustível” leva à escolha do segundo termo: “jerricã”.

Lítio

“Lítio” é outra das palavras a concurso, justificando-se a sua presença entre as “finalistas” pela “controvérsia gerada na sociedade portuguesa” pelos “contratos de prospecção e as concessões de exploração de lítio”, “debatendo-se questões ambientais, sociais, económicas e políticas”.

Influenciador

Outra palavra escolhida é “influenciador”, pelo facto de “as redes sociais terem vindo a permitir o aparecimento de figuras mediáticas que influenciam a opinião das audiências através da publicação regular de conteúdos”.

Nepotismo

“Nepotismo”, a quinta palavra a concurso, surge pelas “alegadas acções de favorecimento de familiares de membros do governo ou de outras figuras de poder ocuparem o espaço mediático por diversas vezes”, neste ano.

Seca

O facto de “mais de 35% do território nacional estar em seca severa ou extrema, com graves consequências na agro-pecuária, nos recursos hídricos e no bem-estar das populações”, levou à escolha para votação do sétimo vocábulo, “seca”.

Sustentabilidade

O oitavo termo da lista é "sustentabilidade", justificada por “a sociedade precisar de satisfazer as necessidades das gerações actuais sem comprometer o futuro das vindouras”.

Trotinete

Nono vocábulo é “trotinete”, pois este ano a versão eléctrica destes veículos invadiu as cidades, estabelecendo-se como “parte integrante de um novo paradigma de mobilidade urbana”.

Violência

A lista fecha com “violência [doméstica]”, já que “é urgente impedir novos casos (...) como os que ocorreram nos últimos anos”.

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