Governo diz que já morreram 33 pessoas por violência doméstica em 2019

As vítimas são 25 mulheres adultas, uma criança e sete homens. Estatísticas serão divulgadas trimestralmente.

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David Clifford/Arquivo

Trinta e três pessoas foram mortas em 2019 em contexto de violência doméstica, entre 25 mulheres adultas, uma criança e sete homens, anunciou esta sexta-feira a ministra da Presidência, segundo a qual este tipo de estatísticas será divulgado trimestralmente.

Numa conferência de imprensa na Presidência de Conselho de Ministros, em Lisboa, para fazer o balanço das medidas apresentadas em Agosto de prevenção e combate à violência doméstica, Mariana Vieira da Silva revelou que, de Janeiro e até esta sexta-feira, tinham sido mortas 33 pessoas em contexto de violência doméstica.

Tendo por base as estatísticas da Polícia Judiciária em matéria de vítimas de homicídio voluntário consumado em situação de violência doméstica, a ministra adiantou que entre essas 33 vítimas estão 25 mulheres adultas, uma criança e sete homens.

Antes, a ministra tinha revelado que até ao final do mês de Setembro tinham sido assassinados 21 mulheres, uma criança e seis homens, o que permite aferir que no prazo de cerca de um mês e meio morreram mais quatro mulheres e um homem.

“O nosso objectivo é passar a ter uma publicação trimestral desta informação com um conjunto de dados”, anunciou Mariana Vieira da Silva.

Revelou também que entre Janeiro e Setembro deste ano, comparando com o período homólogo do ano passado, houve “um aumento de mais de 10% das ocorrências participadas à PSP e à GNR”, além de um “aumento da capacidade de resposta da rede nacional de apoio às vítimas de violência doméstica, que tem hoje uma subida nos atendimentos na ordem dos 23%”.

Esta sexta-feira foram também divulgados os números recolhidos pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA), da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) com base nas notícias publicadas sobre femícidios. Segundo esta análise, 28 mulheres foram vítimas mortais deste crime, houve 27 tentativas de femicídio e 45 órfãos entre 1 de Janeiro e 12 de Novembro de 2019. Os dados diferem porque os apresentados pela ministra são estatísticas de entidades oficiais e os da OMA resultam da análise de notícias veiculadas pelos media - pode dar-se o caso de terem sido registados como femicídios mortes que afinal não ocorreram em contexto de violência doméstica.

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