Governo antevê 10 mil milhões para investimentos no plano das reformas

Verbas para uma década virão de fundos comunitários, diz o ministro do Planeamento, Pedro Marques, em entrevista.

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Sobre a TAP, Pedro Marques avançou que "em breve" o Governo realizará uma operação pública de venda (OPV) de 5% das acções aos trabalhadores LUSA/NUNO VEIGA

O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, diz que o Programa Nacional de Reformas poderá contar com mais de 10 mil milhões de euros em fundos comunitários no horizonte de uma década.

Numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, em que considerou que "ainda há muito para fazer" relativamente aos acordos do PS com os partidos da esquerda parlamentar, Pedro Marques antecipou investimentos de "milhares de milhões de euros" em fundos do Portugal 2020 nos próximos dez anos.

"Temos um investimento de vários milhares de milhões de euros de fundos do Portugal 2020 para o Programa Nacional de Reformas. Pode ultrapassar os dez mil milhões de euros, reformas sempre com o horizonte de uma década", explicitou.

Sobre o aeroporto complementar de Lisboa, o governante manifestou-se "plenamente confiante" quanto à escolha do Montijo, classificando-a como a "solução adequada".

Admitiu, porém, que se os estudos de impacto ambiental vierem a inviabilizar a escolha do Montijo, "as alternativas têm de ser detectadas", mas negou a existência de qualquer "plano B". "Neste momento não há um plano B, nem quero laborar nesse tipo de cenário", salientou.

Quanto à TAP, Pedro Marques avançou que "em breve" o Governo realizará uma operação pública de venda (OPV) de 5% das acções aos trabalhadores. "Espero nas próximas semanas concluir o trabalho com os bancos para poder avançar com a OPV", concretizou.

No plano político, o ministro e antigo deputado socialista defendeu que os acordos com a esquerda parlamentar (BE, PCP e PEV) "não estão esgotados", até porque há ainda "muito trabalho para fazer em conjunto".

Pedro Marques saiu ainda em defesa do colega das Finanças, Mário Centeno, no caso da negociação com o anterior presidente da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues.

"O ministro das Finanças é um dos nossos maiores activos, e acho que tentar com este tipo de fait divers tirar daqui alguma coisa que não seja uma tentativa de desgaste sobre uma pessoa que tantos resultados entregou ao país é apenas um trica e não mais do que isso", concluiu.

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