Montenegro e o problema dos políticos com as suas casas

A conferência de imprensa que Montenegro deu na semana passada, para supostamente encerrar o tema, voltou a deixar muita coisa por explicar.

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As casas dos políticos são um velho problema português, tanto à esquerda como à direita. Um dos casos mais embaraçosos de Cavaco “é preciso nascer duas vezes para ser tão honesto quanto eu” Silva foi o duvidoso negócio da Aldeia da Coelha, uma permuta de vivendas que nunca foi bem explicada, envolvendo o pouco recomendável universo BPN. A casa de José Sócrates na Rua Braamcamp também gerou um maná de suspeitas, e mesmo a sua vivenda actual na Ericeira é um prodígio de criatividade imobiliária – a casa está em nome do seu famoso primo, José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, que a recebeu por doação de um empresário angolano para pagar uma suposta dívida de meio milhão de euros, um mês antes de Sócrates ir habitá-la. O primo tinha-se declarado falido no decorrer da Operação Marquês, mas ainda assim pôs a casa à disposição de Sócrates, sendo que a transacção do imóvel foi feita por um único advogado, que representou em simultâneo o primo e o empresário angolano. Muito giro. E plausível.

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