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É ler as notícias com atenção. Foram escritos já vários artigos sobre a forma como o concurso português foi feito, e eu explico no meu texto para que é que serve um concurso internacional. Quando se procura uma avaliação realmente isenta, vai-se buscar pessoas que não têm qualquer relação com os avaliados. Vale para procuradores europeus, como vale para universidades. Apenas lhe está a escapar aquilo que a Rita não quer mesmo ver.
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O meu argumento não é esse. É o de que: 1) exactamente porque o anti-racismo é superior ao racismo ele pode ser defendido com argumentos e não com a criação de interditos temáticos; 2) o combate ao anti-racismo deve ser um combate acerca de actos e gestos concretos, e não um combate psicanalítico para extirpar restos de homem branco colonial que alegadamente há dentro de cada um de nós. Se eu quiser fazer psicanálise, vou a um consultório. Não a faço no espaço público.
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Tendo a concordar com isso. É verdade que há um abismo entre as preocupações das elites ilustradas e o cidadão comum. O problema é que são as elites ilustradas que ascendem ao poder. Não eram os camponeses russos que andavam a ler Marx. E no entanto...
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Uma nota apenas: eu não percebo o suficiente deste assunto para tirar conclusões. Este artigo é apenas o enunciar de um problema e de uma perplexidade.
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Uma pergunta retórica: o Chega é mais extremista que o antigo PNR? Parece-me óbvio que não. Então porque é que não se está a pedir a ilegalização do PNR? Resposta: porque o PNR não conta para nada. Pergunta: a ilegalização de um partido de direita radical é feita em função da sua popularidade? Só quando ele começa a ter poder é que se diz: “não pode ser”? Em que parte da Constituição é que isso está escrito? É só a mim que parece antidemocrática esta pretensa defesa da democracia?
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A morte de Ihor coincidiu com o início da pandemia. Essa é a razão principal para o relativo desinteresse. Há o mérito dos jornalistas que não desistiram de acompanhar o tema, e mais recentemente a entrevista da viúva a dizer na televisão que teve de pagar a trasladação das cinzas. Um mulher que recebe 100 euros por mês do Estado ucraniano pagou 2.200 euros para receber de volta as cinzas de um homem barbaramente assassinado às mãos do Estado português. Isso fez aumentar os níveis de indignação, e ainda bem.
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Não só vi como escrevi sobre o assunto, em Junho, utilizando os mesmo argumentos da ambiguidade. O artigo chama-se precisamente “A saudação fascista de André Ventura”.
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Queria. Parvoíce minha. Já foi corrigido no on-line. Obrigado.
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Concordo genericamente. Mas não é esse o ponto do meu texto, nem é esse o meu argumento. A minha crítica incide sobre aquilo que se fez. Não é sobre aquilo que se poderia ter feito.
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Qual era a opção nos Açores, Ana Cristina? É isso que está em causa. Que o PSD jamais se iria aliar ao Chega se não precisasse de se aliar, parece-me bastante óbvio.