Portugal captou perto de 180 milhões de euros do programa Widening, da União Europeia (UE), que visa reforçar os sistemas de investigação e inovação científica dos países mais frágeis, anunciaram hoje os promotores.

Em comunicado, a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) refere que foram aprovados 202 projectos, com 172 coordenações nacionais, permitindo captar 179,6 milhões de euros, montante que se divide entre 97,7 milhões no anterior programa-quadro de financiamento (2014-2020) e 81,9 milhões no actual programa, o Horizonte Europa (2021-2027).

“A taxa de sucesso nacional também registou um aumento entre os dois programas-quadro (subiu de 25,7% para 39,3%), sendo de salientar que tem vindo a ser consecutivamente bastante superior à média europeia, que ronda os 14-15%”, salienta a FCT.

Estes projectos contribuíram para a criação de emprego científico, que cresceu entre os dois programas-quadro, com 200 novos postos de trabalho gerados desde 2014, cerca de metade desde 2021.

A participação nacional no Widening já resultou na criação de cinco centros de excelência em Portugal, desde 2014, refere a FCT, que destaca o Biopolis (na área da biodiversidade), o Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento na Universidade de Coimbra (​Mia-Portugal dedicado ao envelhecimento activo), o Instituto de Biologia e Medicina de Sistemas da Universidade Nova de Lisboa (ou Nova Institute for Medical Systems Biology), o iMM-Care (do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes) e o The Gene Therapy CoE at the Center of Portugal (Universidade Coimbra).

Uma das acções Widening, a COST, “atraiu mais de 2000 investigadores estrangeiros para Portugal em acções de networking e mobilidade entre 2014 e 2022”, refere a FCT.

O programa Widening, acrescenta-se, “é um dos instrumentos-chave para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação nacionais, promovendo parcerias de excelência ao nível internacional e contribuindo para o fortalecimento do Espaço Europeu de Investigação”.