Já começou a Semana da Moda de Londres. É uma homenagem a Vivienne Westwood

Entre os destaques desta estação está a estreia de Daniel Lee na Burberry, onde substituiu Riccardo Tisci. Londres recebe, ainda, uma iniciativa em parceria com a Semana da Moda da Ucrânia.

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O desfile de Paul Costelloe HENRY NICHOLLS/Reuters
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Bora Aksu HENRY NICHOLLS/Reuters
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Bora Aksu HENRY NICHOLLS/Reuters
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Paul Costelloe com as modelos HENRY NICHOLLS/Reuters

Londres volta a receber a Semana da Moda com o British Fashion Council a dedicar o evento de cinco dias à conceituada Vivienne Westwood, que morreu no final do ano passado, aos 81 anos. Os criadores deverão também lembrar “a rainha do punk e da moda” nas suas colecções.

Westwood marcou a moda britânica (e de todo o mundo) nas últimas décadas. Ascendeu à fama ao vestir os Sex Pistols, e tornou-se mesmo um sinónimo do punk rock, na década de 1970. A activista fica imortalizada pelas suas criações rebeldes, que, mais do que agradar esteticamente, tinham o propósito de alertar para os temas do seu activismo: com destaque para as alterações climáticas e a poluição.

“Ela é o que representa a nossa extraordinária indústria”, elogia o presidente do British Fashion Council (BFC), David Pemsel, numa entrevista ao jornal Evening Standard. “Só faz sentido que lhe dediquemos toda a semana. Temos de celebrar o seu contributo porque era extraordinária e única.”

Precisamente nesta quinta-feira, as personalidades da moda britânica reuniram-se na Catedral de Southwark, em Londres, para uma cerimónia em memória de Vivienne Westwood. Estiveram presentes figuras como a designer Victoria Beckham ou a modelo Kate Moss.

“Ela elevou muito a fasquia. Era muito divertido trabalhar ao seu lado. Londres está vazia porque já cá não está”, lamentou o criador Paul Costelloe à Reuters, na manhã desta sexta-feira, no rescaldo do desfile. Para a colecção, Costelloe ter-se-á inspirado no romance Ulises, de James Joyce, e apostou nas malhas, com prevalência dos castanhos, cinzentos e verdes. Nos vestidos, reinou o padrão floral, a lembrar “a costa este da Irlanda — muito romântica, muito suave e rica em cores”.

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Paul Costelloe LUSA

Já o turco Bora Aksu primou pelos brancos e pretos, evocando a obra do norueguês Edvard Munch e a personagem de ficção Wednesday Addams. A ideia era dar voz aos marginais. “Eles nem tentam encaixar-se na sociedade, não querem mudar.”

Os tons mais escuros da colecção prestaram uma homenagem às vítimas do sismo que abalou a Turquia e a Síria. No final do desfile, Aksu pediu um minuto de silêncio pelos mais de 43 mil mortos resultantes da calamidade.

Entre os destaques desta estação, está a estreia de Daniel Lee na Burberry, onde substituiu Riccardo Tisci. Londres recebe, ainda, uma iniciativa em parceria com a Semana da Moda da Ucrânia, dando palco a criadores ucranianos.

“A moda precisa de estar constantemente a avaliar o que é retribuir”, sublinhou a editora da revista Elle, Natasha Bird. “Mostrar talento que possa ajudar a iniciativa de melhorar um país ou ajudar a passar uma crise é uma óptima forma de garantir que a moda tem algum valor para além do simples negócio de fazer roupa.”

Até terça-feira, 21 de Fevereiro, apresentam colecções criadores e marcas como Jonathan Anderson, David Koma, Christopher Kane ou Harri.

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