A edição 2022 da Womex reitera a aposta na lusofonia e vai ter portugueses logo a abrir

Após a edição do ano passado no Porto, Lisboa é a cidade que se segue no calendário do maior evento global de músicas do mundo. Beatriz Felício, Club Makumba, Expresso Transatlântico e Júlio Resende estão alinhados para o arranque, a 19 de Outubro, no Capitólio.

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Ana Lua Caiano vai ser uma das artistas portugueses a atuar no palco Lusofónica Joana Caiano

Pelo segundo ano consecutivo, Portugal vai acolher a Womex, o maior evento global dedicado às músicas do mundo. Depois da visita ao Porto em 2021, a 28.ª edição vai ter lugar em Lisboa entre os dias 19 e 23 de Outubro, com o apoio da Câmara Municipal, do Turismo de Portugal e do Ministério da Cultura. O acontecimento, que inclui uma feira, um ciclo de conferências, projecções de filmes e documentários e um total de 60 espectáculos musicais, trará à capital milhares de profissionais da indústria, envolvendo 300 artistas de múltiplas nacionalidades. São esperados mais de 2500 profissionais e cerca de 520 editoras e distribuidoras.

Esta manhã, numa conferência de imprensa nas Carpintarias de São Lázaro que reuniu o director-geral da AMG Music, António Miguel Guimarães, o vereador da Cultura, Diogo Moura, o director-geral das artes, Américo Rodrigues, o presidente do Conselho Directivo do Turismo de Portugal, Luís Araújo, e Alexander Walter, director da Womex, ficou a saber-se mais sobre o palco Lusofónica, que transita da edição do Porto e conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Mantendo a tradição de representar e apoiar os artistas do país anfitrião e as suas ligações, juntará músicos portugueses e dos PALOP, entre os quais o cabo-verdiano Tito Paris, os portugueses Duarte e Pedro Jóia, a brasileira Bia Ferreira, e a guineense Karyna Gomes, entre muitos mais.

Apresentando a 28.ª edição, Alexander Walter disse que o evento vai impulsionar a visibilidade destes artistas e colocar a música portuguesa na vanguarda global, realçando a importância do palco principal onde actuarão estes nove artistas, num festival “diverso em estilo e cultura”, e que já conta com mil inscrições.

António Miguel Guimarães sublinhou que estamos a viver tempos desafiantes, estando as estruturas musicais em Portugal em transformação devido aos dois anos de pandemia, e referiu ainda os efeitos da guerra na Ucrânia e da subida da inflação. Mas, disse, é preciso manter a esperança. A Womex Lisboa é uma “montra extraordinária e de importância vital e estratégica para a música portuguesa”.

Os também portugueses Beatriz Felício, Club Makumba, Expresso Transatlântico e Júlio Resende vão actuar no espectáculo de abertura no Cineteatro Capitólio. A feira vai decorrer na Altice Arena e os espectáculos serão repartidos por salas como o Coliseu dos Recreios, o Cinema São Jorge, o Teatro Tivoli, o São Luiz Teatro Municipal, o Lisboa ao Vivo e uma tenda no Parque Mayer.

Texto editado por Inês Nadais

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