Ex-CEO de media condenada a seis semanas de prisão por fraude nas admissões à universidade

Elisabeth Kimmel vai ter de cumprir ainda um ano de prisão domiciliária. Escândalo já levou à cadeia as actrizes norte-americanas Felicity Huffman e Lori Loughlin.

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Elisabeth Kimmel apresentou-se em tribunal numa cadeira de rodas BRIAN SNYDER/Reuters

A antiga directora-executiva da Midwest Television de San Diego, Califórnia, foi condenada, esta quinta-feira, a seis semanas de prisão efectiva e a mais um ano de prisão domiciliária por ter participado num vasto esquema de fraude de admissões universitárias nos EUA. Elisabeth Kimmel pagou 525 mil dólares (465.37o euros) para assegurar a entrada dos filhos em universidades de topo como falsos atletas.

A condenação de Elisabeth Kimmel pelo juiz distrital dos EUA Nathaniel Gorton, em Boston, veio pouco tempo depois de outro pai acusado no escândalo das admissões universitárias “Varsity Blues” ter concordado em declarar-se culpado, evitando um julgamento no próximo mês. A esperada confissão de I-Hsin “Joey” Chen, que detém uma empresa, a Newport Beach, localizada na Califórnia, que fornece armazenagem e outros serviços para a indústria naval, deixa apenas um pai por enfrentar um julgamento num caso em que foram acusadas 57 pessoas.

Dos acusados, 51 aceitaram acordos, incluindo William “Rick” Singer, o consultor de admissões universitárias da Califórnia que manipulava os exames de admissão à universidade e assegurava, contra o pagamento de subornos, a entrada de estudantes como falsos atléticos, assim como as actrizes Felicity Huffman e ​Lori Loughlin. Outros dois pais foram condenados no início do Outono, naquele que foi o primeiro julgamento sobre um caso que remonta a 2019.

Sobre Elisabeth Kimmel, os procuradores especificaram que a antiga proprietária da Midwest Television de San Diego pagou a Singer 275 mil dólares em 2012 para garantir a admissão da filha na Universidade de Georgetown como iniciada em ténis através de um treinador subornado pelo consultor. Depois, em 2017, a mulher pagou 250 mil dólares para que o seu filho fosse admitido na Universidade da Califórnia do Sul como praticante de salto à vara.

Kimmel, que por razões médicas estava numa cadeira de rodas, disse que “lamentava profundamente” os seus crimes.

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