PS sobe e está 11 pontos percentuais à frente do PSD

O PS sobe para 39% das intenções de voto. O PSD desce para 28%. A CDU, o CDS e o PAN também baixam. Chega sobe para 8% e BE e IL mantêm percentagens.

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Num mês, diferença entre PS e PSD sobre de sete para onze pontos percentuais Nuno Ferreira Santos

O PS obtém 39% das intenções de voto dos inquiridos na sondagem feita para o PÚBLICO e a RTP pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica, aumentando assim dois pontos percentuais face aos resultados de Dezembro, em que tinha 37%. Paralelamente, o PSD baixa dois pontos percentuais, passando de 30% para 28%. O fosso entre as intenções de voto nos dois principais partidos é agora de 11 pontos percentuais.

Entre os 2001 inquiridos por telemóvel entre 11 e 14 de Janeiro, 8% manifestaram intenção de votar no Chega, quando em Dezembro eram 6%. Este resultado põe o partido em terceiro lugar nas preferências. É de referir, contudo, que este resultado pode estar relacionado com o facto de o líder do partido, André Ventura, ser candidato às eleições presidenciais e andar em campanha pelo país. Noutra sondagem revelada ontem pelo PÚBLICO e pela RTP, André Ventura atingia 10% das intenções de voto na corrida a Belém.

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O BE mantém-se nos 7 % e a IL nos 5%. Isto, enquanto a CDU, coligação liderada pelo PCP que inclui o PEV, perde um ponto percentual e desce para 6%, o CDS e o PAN baixam de 3% para 2%, numa sondagem que tem como margem de erro 2,2% e um nível de confiança de 95%.

Ainda que votando maioritariamente no PS, os inquiridos estão parcialmente descontentes com o Governo de António Costa. Perante a pergunta sobre se “há necessidade de o primeiro-ministro fazer uma remodelação no Governo substituindo alguns ministros”, 61% respondem que “sim” e apenas 24% entendem que “não”.

Quanto ao timing da remodelação, 39% consideram que devia ser já e 18% defendem que o primeiro-ministro deve aguardar pelo fim da presidência da União Europeia.

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Os inquiridos apontam mesmo os ministros que devem ser substituídos. Assim, 27% indicam a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, 24% escolhem o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, 11% referem a ministra da Saúde, Marta Temido, e 5% consideram que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, tem de ser substituído.

Alheias a esta análise não estarão a recente polémica sobre a nomeação do procurador europeu José Guerra (Justiça); o caso do ucraniano que morreu no SEF em Março de 2020 (Administração Interna); a evolução da pandemia e a pressão sobre o SNS (Saúde) e as dúvidas em relação às escolas (Educação).

Sobre a durabilidade do Governo 87% dos inquiridos respondem que “é mais provável que cumpra mandato até ao fim” e apenas 7% prevêem que o executivo vá “cair antes do fim do mandato”.

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O estudo de opinião da Universidade Católica analisa ainda o cruzamento das intenções de voto dos inquiridos em relação ao seu voto nas legislativas de 2019. O Chega é o partido que mantém mais eleitores em comparação com o resultado de há dois anos, 83%. O PS mantém 70% de eleitores, a CDU 68%, o PSD 59%, a IL 50%, o BE 42%, o PAN 41% e o CDS 36%, sendo o partido com mais perda de eleitores.

Esta análise aprofunda também a pesquisa sobre para onde foram os votos perdidos por cada partido, relacionando a actual intenção de voto com a forma como os inquiridos votaram em 2019. Neste plano, o CDS perde 17% para o PSD, 9% para o Chega, 7% para a IL e outros 7% para o PS. O PSD perde 7% para o PS e 9% para o Chega.

À esquerda, as maiores perdas do PS são para o PSD, 7% das intenções de voto. O BE perde 22% para o PS. A CDU perde 7% para o PS, 4% para o BE e 2% quer para o Chega, quer para o BE. O PAN perde 11% para o BE, 9% para o PS, 7 % para o PSD e 5% para a IL.

Outro assunto abordado por esta sondagem é o da vontade de votar se as legislativas fossem agora. Em relação à vontade de votar, 63% respondem que “de certeza” iriam votar, 19% afirmam que “em princípio” iriam votar, 9% “não sabem se iriam votar, 2% “não tencionariam ir votar” e 6% respondem que “de certeza” não iriam votar.

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