COP27: António Costa no Egipto assiste a aliança para combate à seca

O primeiro-ministro está no Egipto, em Sharm el-Sheikh, e terá uma participação de dois dias na Cimeira do Clima. A sua intervenção na reunião plenária da cimeira é amanhã.

Foto
Costa terá vários encontros bilaterais nos dois dias em que estará na COP27 ESTELA SILVA/EPA

António Costa inicia esta segunda-feira a sua participação de dois dias na 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), em Sharm el-Sheikh (Egipto) até dia 18. O primeiro-ministro português estará presente no lançamento de um movimento, designado Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA).

Além de transmitir um sinal político de apoio a esta iniciativa espanhola e senegalesa para o combate à seca, António Costa tem, agendados à margem da COP27, vários outros encontros bilaterais até terça-feira.

Acompanhe a COP27 no Azul

A Cimeira do Clima das Nações Unidas é o ponto mais alto da diplomacia em torno das alterações climáticas, onde os países discutem como travar as emissões de gases com efeito de estufa que causam o aquecimento global. Este ano é no Egipto, de 6 a 18 de Novembro. Acompanhe aqui a Cimeira do Clima. 

Segundo fonte diplomática, o líder do executivo português deverá reunir-se esta segunda com o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, e na terça-feira com a vice-presidente de Angola, Esperança da Costa.

António Costa chegou a Sharm el-Sheikh na noite de domingo, sem a presença na sua comitiva de Duarte Cordeiro. O ministro do Ambiente e da Acção Climática, que ficou em Lisboa por motivos de saúde, estará na COP27 nos próximos dias 15, 16 e 17, em representação do Governo.

Esta manhã, pelas 10h no Egipto (mais duas horas do que em Lisboa), Costa foi recebido pelo Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi​, e pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Ao início da tarde, o líder do executivo português participará primeiro numa mesa-redonda sobre “transição [ambiental] justa” e, depois, no lançamento da IDRA.

Na última sexta-feira, António Costa disse-se favorável aos objectivos da IDRA, uma proposta conjunta do Senegal e da Espanha no sentido de promover “medidas eficazes de prevenção, antecipação e adaptação para aumentar a resiliência à seca de grande escala, tendo em vista uma resposta global mais coordenada, colaborativa e eficaz”.

Esta segunda, ao início da noite, Costa participará na recepção oferecida por Abdel Fattah al-Sissi aos chefes de Estado e de Governo presentes em Sharm el-Sheikh. A intervenção do primeiro-ministro português na reunião plenária da COP27 está prevista para a tarde de terça-feira, sendo que ainda nessa noite regressará a Lisboa.

Antes da reunião plenária, Costa estará numa mesa-redonda intitulada “Investindo no Futuro da Energia: Hidrogénio Verde” — um recurso energético que Portugal tenciona produzir e exportar.

Ao longo das últimas semanas, em matéria ambiental, o primeiro-ministro tem salientado “o compromisso” de Portugal em relação ao Acordo de Paris, no sentido de “limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius face aos níveis pré-industriais”, bem como a sua “firme intenção de manter políticas ambiciosas com vista à neutralidade carbónica em 2050”.

Em Setembro, no discurso que proferiu perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmou esperar que desta COP27 saia um compromisso que permita uma transição ambiental inclusiva, assegurando uma repartição mais equilibrada do financiamento climático entre a mitigação e a adaptação.

Decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais reúnem-se até dia 18 na COP27, tendo como objectivo travar o aquecimento global do planeta, limitando-o a dois graus Celsius face aos níveis pré-industriais, entre outras metas.

Sugerir correcção
Comentar