A palavra maldita está de volta

Acreditar numa varinha mágica, em Portugal ou na Alemanha, capaz de anular num só golpe os custos de uma crise internacional é puro irrealismo.

Agora que o país se começava a habituar a novos vocábulos para debater as velhas políticas, eis que o PSD (e outros partidos da oposição) ressuscitam a palavra maldita da década 2010/2020: a “austeridade”. Depois de Pedro Passos Coelho ter sido forçado a aplicar no país cortes para saciar a troika, e desde que António Costa se aplicou em convencer o país de que essa “página” foi virada, a austeridade foi ficando na gaveta. Até ao dia de hoje, quando um orçamento desenhado há meses e sem o alarme da inflação se confronta agora com a realidade da carestia e da perda dos rendimentos. Perante esse cenário perigoso, o Governo ou rega a fogueira da inflação com gasolina, baixando impostos e subindo salários, ou opta por uma política de contenção que liberta os danos da austeridade.

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