Dior abre a primeira boutique em Portugal. São mais de mil metros quadrados de moda

A loja da Avenida da Liberdade abre oficialmente nesta sexta-feira com todas as linhas da marca, incluindo acessórios, calçado e joalharia, sem esquecer as criações de Maria Grazia Chiuri e Kim Jones.

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A nova loja da Dior fica no número 85 da Avenida da Liberdade DR
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Piso de moda feminina DR
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Piso de moda masculina DR
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Um dos provadores DR
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Provadores femininos DR
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As paredes imaculadas, com papel de parede parquet de Versalhes, estão repletas das malas que em tempos foram as favoritas da princesa Diana. Há Lady Dior para todos os gostos, mas não só. A casa de moda francesa acaba de abrir a primeira boutique em Lisboa, no número 85 da Avenida da Liberdade. São três pisos, mais de mil metros quadrados, com todas as linhas da Christian Dior, dos acessórios, ao calçado, joalharia e pronto-a-vestir feminino e masculino.

Questionada pelo PÚBLICO, a Dior recusa-se a divulgar o investimento, mas fonte da marca adianta que a pretensão de abrir em Portugal já tem alguns anos. Difícil terá sido encontrar o edifício na Avenida da Liberdade, localização premium na capital portuguesa, para captar não só clientes nacionais, mas sobretudo estrangeiros.

O prédio dividido por três pisos remonta ao século XIX e serviu de residência à família Keil até à década de 1950, quando foi vendido a uma companhia de seguros. Entretanto, foi reabilitado pela EastBanc para ser casa em Portugal da Christian Dior — a maison fundada pelo costureiro francês em 1946.

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O edifício da Dior DR

E basta entrar na loja para se notarem marcas do legado do criador, como a jaqueta Bar do icónico New Look, que está exposta logo no piso térreo, lado a lado com a linha de acessórios e joalharia — incluindo criações com assinatura da directora criativa de alta joalharia, Victoire de Castellane, que se inspira em símbolos icónicos da marca, como as flores.

Dior era um apaixonado por botânica e isso vê-se em toda a boutique, com o estampado Buttefly Around the World em destaque. Tem sido um dos padrões mais trabalhados pela directora criativa da linha feminina, Maria Grazia Chiuri, sobretudo na última colecção cruzeiro, que está agora à venda no espaço português, inspirada “pela liberdade e independência de Frida Kahlo”.

Subindo ao primeiro andar, é lá que se encontra o universo feminino da marca, num equilíbrio entre a nova proposta de Grazia Chiuri e os ícones da Dior. Na antecâmara, há várias prateleiras dedicadas ao calçado, com especial ênfase para os já clássicos J’adior, reinterpretados pela criadora italiana em 2019, mas também para as novas botas Wind, feitas ora em pele, ora borracha, com o interior forrado com o padrão oblíquo da Dior.

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Nos charriots, além da colecção cruzeiro (também denominada pré-Primavera e normalmente com motivos mais tropicais) repleta de borboletas, há peças que fazem parte da colecção permanente, como a nova versão da jaqueta Bar ou as saias rodadas e plissadas, estilo New Look. Ao fundo, a combinar com a frescura da colecção, há um pequeno jardim virado para a Praça da Alegria.

Finalmente, no último piso, dá-se lugar ao universo de Kim Jones, director criativo de moda masculina da maison. Novamente, o calçado está destacado, sobretudo as novas sapatilhas B57, criadas na última estação. Na roupa, sobressai a inspiração londrina do criador britânico, num equilíbrio entre a moda urbana e a clássica alfaiataria com um twist.

Há mesmo um especialista só dedicado a este último segmento, tal como uma consultora de moda feminina que veio de Espanha. A equipa, explicam, foi criada com um misto de consultores que vieram de outras boutiques Dior e de portugueses que já tinham experiência noutras marcas de luxo com loja nesta mesma avenida.

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Montra para a arte

Fazendo valer a ligação à arte por que sempre primou a casa de luxo (e uma paixão pessoal de Maria Grazia Chiuri), a estrela da loja é uma Valquíria de Joana Vasconcelos com mais de 20 metros e que percorre a grande escadaria em caracol. Feita com têxteis da Dior, a peça vai-se adaptando, em cor e textura, consoante cada piso.

Há igualmente um painel de azulejos no piso térreo assinado pela mesma artista portuguesa que mimetiza a silhueta da Valquíria. Também o pintor Pedro Calapez fez uma obra para a loja, inspirado pelas colecções de Kim Jones.

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A ligação de Joana Vasconcelos à Dior não é nova. Em 2020, a artista assinou uma mala Lady Dior Art, um projecto onde a maison dá carta-branca a um artista para reinterpretar esta peça icónica. Já este ano, fez uma instalação inversiva em forma de Valquíria para o desfile de Outono/Inverno de Grazia Chiuri. A Valquíria Miss Dior agora exposta no Brasil tem mais de 24 metros de extensão e uma tonelada de tecidos. Mais tarde, criou versões menores dessa Valquíria para as montras das boutiques. A peça de Lisboa é a primeira a ser exposta permanentemente numa loja.

A Dior da Avenida da Liberdade está aberta desde esta sexta-feira, 24 de Novembro. A partir de agora, a marca é vendida em Portugal de forma exclusiva neste espaço, tendo cessado a colaboração com a vizinha Fashion Clinic.

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