Na TAP, a mentira seria pior do que a violação do segredo

Com a crise da TAP perto do meio ano de vida, estas novas revelações já não aprofundam apenas a noção de descontrolo do Governo; afectam também a relação dos cidadãos com a política e a democracia.

O primeiro-ministro exigiu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) o apuramento de toda a verdade sobre a tutela política da gestão da TAP, “doa a quem doer”. A ferida sangra o Governo, mas nem isso justifica o estranho desconforto do PS com a revelação de documentos indispensáveis para essa verdade. Ninguém consegue compreender o carácter secreto de emails que provam a combinação das perguntas e respostas a dar a uma comissão parlamentar entre a CEO da TAP, o grupo parlamentar do PS e o Ministério das Infra-Estruturas. Ninguém entende como poderiam ficar à margem do conhecimento público provas documentais que atestam a inexistência de um parecer jurídico para fundamentar o despedimento por justa causa da CEO.

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