Aeroporto de Lisboa foi o último em Portugal a recuperar níveis anteriores à pandemia

Número de passageiros nos aeroportos nacionais chegou aos 56,8 milhões de passageiros (dos quais 49,8% relativos a Lisboa) em 2022, menos 5,6% face a 2019 e mais 121,7% face a 2021.

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Aeroportos nacionais movimentaram 56,8 milhões de passageiros em 2022 Nuno Ferreira Santos

O aeroporto de Lisboa foi o último em Portugal a recuperar, e superar, os níveis de passageiros que se tinham registado antes da pandemia, altura em que se bateram novos recordes de visitantes.

De acordo com os dados de tráfego aéreo divulgados esta segunda-feira pelo INE, aquele que é o maior aeroporto nacional só em Novembro teve uma variação positiva face ao mesmo período de 2019, de 2,9%, baixando depois para 0,3% em Dezembro.

No caso de Faro, a recuperação ocorreu no mês anterior à de Lisboa, em Outubro, e no Porto foi em Maio. O INE não separa os aeroportos da Madeira e dos Açores, que estão inseridos na rubrica “outros”, e que em Abril já estavam a crescer 10,6% face ao mesmo mês de 2019. De resto, em termos anuais, não obstante o crescimento de tráfego no último trimestre de 2022, só os “outros” é que subiram face a 2019, com mais 13%.

Já Lisboa e Faro tiveram quedas anuais de 9,3%, e no Porto a descida foi de 3,6%, o que fez com que a variação em termos nacionais fosse de -5,6%, para 56,8 milhões de passageiros (dos quais 49,8% relativos a Lisboa).

Em relação a 2021, as 217,6 mil aeronaves que aterravam nos aeroportos nacionais em voos comerciais representaram uma subida de 61,7%, com os 56,8 milhões de passageiros a significar uma subida de 121,7%.

Os britânicos voltaram a liderar em número de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais em 2022, com mais de quatro milhões, depois de terem perdido a primazia em 2020 e em 2021, anos de maior impacto da pandemia de covid-19, com restrições à circulação de pessoas (principalmente extra-UE). De acordo com o INE, este valor representa mais de 200% face ao ano anterior.

A França, diz, o INE, ocupou a segunda posição, cabendo a terceira à Espanha, “superando a Alemanha, que ficou na 4ª posição”. Já a Itália “ocupou a 5ª posição entre os principais países de origem e de destino, que em 2021 e 2020 tinha sido ocupada pela Suíça”.

No segmento de transporte de carga e correio, o INE dá conta de um aumento de 16,9% em 2022 face ao ano anterior, e de 5,8% face a 2019. “O movimento de mercadorias no aeroporto de Lisboa representou 73,7% do total, atingindo 164,2 mil toneladas”, mais 23,2% face a 2021 e 6,4% acima de 2019.

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