Em família: era uma vez uma mochila cheia de dinheiro, animais e outras riquezas

Sugestões para entreter e animar os miúdos nos próximos dias.

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Xamamã, da Companhia de Actores, é um dos espectáculos do festival Mochila DR

FESTIVAIS

Mochila - Festival de Teatro para Crianças e Jovens
3 a 12 de Novembro

Estreado na agenda infanto-juvenil no ano passado, o festival algarvio está de volta para a segunda ronda, com a mochila apetrechada de espectáculos de todo o género, lado a lado com conversas, oficinas e filmes. No total, são 18 as propostas a ocupar as salas e ruas de Faro, umas com entrada livre, outras com bilhetes que vão dos 2€ aos 12€.

Cabe à organizadora Lama Teatro abrir a função com O Valor das Pequenas Coisas, peça de João de Brito sobre um rapaz rico que é confrontado com outra forma de ver o mundo. A companhia anfitriã voltará à acção com À Babuja e com uma performance em forma de Puzzle comunitário.

Teatro Praga, Universo Paralelo, Catarina Requeijo, Radar 360º, Thorsten Grütjen, Capicua, Fernando Mota e Noiserv são outros criadores na bagagem do festival. Entre uma aparição d’O Garoto de Charlot no grande ecrã e uma conversa sobre Que Bagagem Levamos às Costas para Encarar o Futuro?, os festivaleiros podem ainda contar com encontros imediatos com o Gang das Mochilas, que se faz às ruas da cidade com performances coreográficas.

Ciclo Dinheiro
4 a 30 de Novembro

Duas peças de teatro, uma exposição, um mercado-jogo, uma oficina, conferências e cinema. Tudo se conjuga para mostrar como “o significado de valor atribuído às coisas é muito relativo”, explica a nota do Lu.Ca - Teatro Luís de Camões (Lisboa). É que há coisas que o “vil metal” não pode comprar; por outro lado, a literacia financeira deve vir de pequenino.

Tendo estas ideias em mente, o ciclo avalia O Que Pode Ser o Dinheiro? numa exposição do artista e designer João Sobral, explora O Papel do Dinheiro em cena com a Mala Voadora, manipula-o num minimercado montado pela Oficina Fritta, fala dele em miniconferências online (cortesia do Serviço Educativo do Museu do Dinheiro), ensina a gerir a carteira com especialistas na oficina Dinheiro, para Que Serves?, leva às tábuas O Valor das Pequenas Coisas e projecta uma sessão de curtas-metragens destinada a descobrir O Que É Um Tesouro?

A entrada no ciclo é livre para algumas actividades; noutras, o preço máximo é 5€. O programa completo pode ser consultado aqui.

Passa a Palavra! Festa dos Ofícios do Narrar
7 a 13 de Novembro

Contos, conversas, poesia, oficinas, bailes, mercadinhos, música, teatro, dança, animação de rua e outras artes convivem em Oeiras – palavra do festival que traz “a miúdos e graúdos o encantamento e o poder das histórias contadas e escutadas”.

Nesta quinta edição, o “era uma vez…” é celebrado em vários locais do concelho – do Centro Histórico ao Palácio do Egipto, passando pelo mercado e pelas bibliotecas – com “a mais vasta programação de sempre”, anuncia a nota de imprensa, partilhada pela autarquia, pela associação Contrabandistas de Histórias e pela Chão Nosso.

Entre os narradores e animadores de serviço estão Ana Galvão, Boca de Cão, Celina da Piedade, Clare Murphy, Diego Magdaleno, José Luis Gutiérrez, Margarida Mestre, Partículas Elementares, Paulo Condessa, Richard Zimler e Virginia Imaz.

Todo o programa tem entrada livre. Quem não puder comparecer, pode acompanhar em streaming muitas das actividades.

PASSEIO

Serralves em Luz
Até 30 de Novembro

Inaugurado no Verão, o Serralves em Luz tinha término agendado para o final de Outubro, mas a fundação decidiu prolongar as noites iluminadas até ao último dia de Novembro. Os tons de Outono que agora enfeitam o parque do Porto são cenário de “uma experiência sensorial mágica, num ambiente imersivo que dá a conhecer novas perspectivas” do espaço e “convida à descoberta do seu património natural e arquitectónico”.

Com direcção criativa de Nuno Maya, ligado ao festival Lumina e ao ateliê OCubo, o percurso luminoso pontua três quilómetros com um total de 25 instalações. Sejam elas estáticas, móveis ou, como aconteceu pela primeira vez este ano, interactivas, todas se harmonizam com os elementos do parque.

O preço dos bilhetes vai de 10,50€ a 12,50€, excepto para crianças até três anos, que não pagam. Está aberto a visitas todos os dias – ou melhor, todas as noites, entre as 20h e a meia-noite. Mais informações aqui.

MÚSICA

Romance da Raposa
5 Novembro

Inspirado pela fábula de Aquilino Ribeiro, Alexandre Delgado compôs música para “ilustrar” as aventuras da raposa. É o próprio quem narra os textos, enquanto a pianista Christina Margotto e o Toy Ensemble se encarregam de interpretar as partituras. Uma terceira dimensão entra em cena com a ilustração feita por Paulo Patrício ao vivo e em tempo real.

Para escutar e ver no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, no sábado, às 15h30, com bilhetes a 3€ (M/5).

DANÇA

Over Our Heads
3 a 9 de Novembro

Assinada por Marta Cerqueira, é simultaneamente um início de coreografia, uma instalação dinâmica e uma experiência artística imersiva em que “todas as pessoas são intervenientes e intérpretes”, lê-se na folha de sala.

O público é colocado “numa situação/cenário em que os elementos no espaço fomentam interferências tácitas com a obra, num lugar de convívio que se quer atravessado pelo visitante – existir, brincar e inventar mais”, sugerem.

O jogo dura cerca de meia-hora e acontece no Pequeno Auditório da Culturgest, em Lisboa, nos dias 5 e 6 de Novembro, às 17h e 19h, com bilhetes a 7€. Para o público escolar, há sessões nos dias 3, 4, 7 e 9, às 11h e 14h30. É direccionado a maiores de seis anos; até aos 12, a criança deve ser acompanhada por um adulto.

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Over Our Heads Alípio Padilha

A Preguiça Ataca?
4 e 5 de Novembro

Aldara Bizarro põe a preguiça a dançar – ou a dança a preguiçar? – num espectáculo lúdico e poético. Musicado por Vítor Rua, move-se (devagar) em torno de sensações como vontade, cansaço ou prazer. Tudo em passo lento, para acompanhar devidamente os vários “estágios” da preguiça, seja de uma criança que só pára quando está cansada, seja de um adulto envergonhado por não lhe apetecer fazer alguma coisa, seja de quem deixa para amanhã o que podia muito bem fazer hoje.

Classificada para maiores de 12 anos, a peça sobe ao palco do Teatro do Campo Alegre, no Porto, na sexta-feira, às 10h30 (e às 14h30 para escolas), e no sábado, às 16h. As crianças pagam 2,50€; os adultos, 7€.

TEATRO

O Meu Melhor Amigo
5 de Novembro a 28 de Janeiro

Quatro gatos locais e dois cães recém-chegados vagueiam por um bairro típico português. De ruela em beco, o gangue vai ao encontro de aventuras, diversas personagens (humanas e outras) e muita diversão.

Com um olho na importância dos afectos e outro no alerta para bem tratar os animais, o espectáculo é forjado “entre miados, fados e aliados” e “pincelado por muitas e animadas guitarradas”, anuncia a sinopse.

Está em cena no Auditório dos Oceanos, em Lisboa, todos os sábados (excepto na véspera de Natal) e nos feriados de 1 e 8 de Dezembro, sempre às 16h30. A entrada neste bairro custa 10€ e é recomendada a maiores de três anos.

O Jardim Secreto da Dona Jacinta
5 a 20 de Novembro

Num mundo distópico em que a economia das coisas úteis proibiu as plantas dentro e fora de casa, os jardins são uma memória distante para uma sociedade consumista e mecanizada. É neste contexto que nasce uma amizade improvável entre um miúdo e uma idosa, que há-de mudar o cenário.

A história contada nesta peça baseia-se num conto de Manuel Ruas Moreira. A adaptação e direcção é de Inês Tarouca, que também é intérprete, ao lado de Diogo Tomaz.

Destinada a maiores de três anos, está em cena no Centro Cultural Malaposta, em Odivelas, com sessões às 16h de sábado, às 11h de domingo e, de terça a sexta (só para escolas), às 10h30. A entrada custa 6€ para crianças e 8€ para adultos.

Ao Crescer Quero Ser
6 de Novembro

É uma peça que desafia a ideia de que somos o que fazemos. Por outro lado, homenageia “as profissões que caíram em desuso, promovendo o nosso património cultural e histórico, tal como as actuais, que tantas vezes passam despercebidas”. E ainda acentua a importância de apenas… ser.

Com texto original de João Ascenso e encenação de Lina Ramos, é a 31.ª criação para a infância da Animateatro e destina-se a maiores de três anos. Torres Vedras acolhe-a no domingo, às 10h30, na Bang Venue. Os bilhetes custam 7€.

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Ao Crescer Quero Ser Animateatro
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