Trussidada: a queda do Reino Unido e as lições para Portugal

Chamar “liberal” a quem foi simplesmente irresponsável não é apenas absurdo e desonesto, como tem a péssima consequência de turvar as águas políticas e dificultar o verdadeiro debate ideológico que precisamos de ter em tempos de crise.

Se um liberal se estampasse numa auto-estrada a 200km/h, logo o seu amigo socialista lhe diria: “Bem te tinha avisado para ires a pé.” Permitam-me assinalar duas coisas óbvias. Primeira: quem se estampa a 200km/h não é liberal, socialista, comunista ou conservador – é apenas idiota. A ex-primeira-ministra britânica Liz Truss foi absurdamente insensata, tal como foram insensatos os que votaram nela: o concorrente interno de Truss, o senhor Rishi Sunak, era muitíssimo mais inteligente, capaz e ponderado, e avisou em devido tempo tudo o que iria acontecer se ela insistisse em aplicar a sua receita económica em contexto de guerra, inflação galopante e com a dívida pública nos 85%. Acertou em cheio.

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