CGD propõe pagar dividendo adicional de 137,2 milhões ao Estado

Lucros do banco público atingiram 146 milhões de euros no primeiro trimestre do corrente ano, mais 80,5% que no mesmo período de 2021.

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Caixa Geral de Depósitos, presidida por Paulo Macedo, já devolveu 961,8 milhões de euros ao Estado LUSA/MIGUEL A. LOPES

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai entregar ao Estado um dividendo adicional de 137,2 milhões de euros, valor que se soma aos 241 milhões de euros anteriormente anunciados, divulgou este sábado a instituição. Ou seja, vai entregar ao accionista único 378.231.345 euros.

A proposta do conselho de administração para a aplicação dos mais de 441,53 milhões de euros de lucros registados em 2021 inclui cerca de 88,3 milhões de euros para reserva legal, 241 milhões euros para dividendos, e 112,15 euros para incorporação na rubrica “outras reservas e resultados transitados do balanço. A que acresce, segundo a proposta do conselho de administração, a distribuição de um montante adicional, no valor de 137.160.380 euros.

Em comunicado divulgado este sábado, o banco público refere que tendo em conta que “a Caixa dispõe de uma situação financeira robusta e que a alteração do montante a entregar ao accionista não prejudica a sua capacidade de cumprir com os requisitos legais e regulamentares, designadamente, prudenciais, incluindo o MREL (fundos próprios e de passivos elegíveis)”, e “considerando, também, as comunicações estabelecidas com as entidades de supervisão sobre esta matéria”, o conselho de Administração propõe que “seja deliberada a distribuição de um montante adicional, no valor de 137.160.380 euros, nos mesmos termos e condições da deliberação do passado dia 29 de Novembro de 2021”, lê-se no comunicado.

Já este ano, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi autorizada a efectuar o reembolso antecipado da emissão de fundos próprios adicionais de nível 1, no valor de 500 milhões de euros. Estes títulos de dívida foram emitidos em 2017, no âmbito do Plano de Recapitalização da CGD acordado entre o Estado português e a Comissão Europeia, permitindo “importantes poupanças anuais em juros”, anunciou na altura a instituição liderada por Paulo Macedo.

Os lucros da CGD no primeiro trimestre de 2022 ascenderam a 146 milhões de euros, um acréscimo de 80,5% face ao mesmo período de 2021. Para este resultado contribuiu o aumento da margem financeira, que aumentou 14,1% face ao primeiro trimestre do ano passado, totalizando perto de 273 milhões de euros e os resultados alcançados com serviços e comissões, que totalizaram 147 milhões de euros, um aumento de 16%.

Mota Pinto renuncia a cargo

Em outro comunicado ao mercado, a CGD informou dá conta que Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto, presidente da Mesa da Assembleia, renunciou ao cargo, para que tinha sido eleito para o mandato de 2020-2023.

A renúncia deve-se a “incompatibilidade legal para a função”, dado que Paulo Mota Pinto assumiu o mandato de deputado à Assembleia da República para a XV Legislatura.

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