Petróleo acima dos 117 dólares com receio de redução das exportações russas e novas sanções

Principais bolsas europeias estão a negociar em alta ligeira, depois de um fecho positivo na Ásia.

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Mercados financeiros têm revelado forte volatilidade Reuters/BRENDAN MCDERMID

O preço do petróleo está a subir esta quarta-feira, revelando uma forte volatilidade e o nervosismo dos investidores face a receios de diminuição da oferta no mercado, na sequência de eventuais novas sanções à Rússia, mas também por alguns alertas de que as exportações deste produto por parte da Rússia e do Cazaquistão, através do gasoduto Caspian, podem ser interrompidas.

Contrariando as quedas da sessão anterior, os contratos futuros do petróleo Brent, referência para a Europa, seguem na manhã desta quarta-feira a subir perto de 2%, para 117,11 dólares por barril. A 7 de Março, o barril de Brent chegou aos 139 dólares, o valor mais elevado desde 2008 e uma subida de quase 50% face aos preços que se registavam antes do início da guerra na Ucrânia.

Os contratos futuros de petróleo do West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, também seguem a negociar em alta de perto de 2%, para 111,18 dólares por barril.

Para além do receio de eventuais novas sanções a anunciar pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que esta quinta-feira tem agendados vários encontros com líderes europeus, e que deverá participar numa reunião da Nato, a Reuters está a avançar, citando fonte oficial russa, que as exportações de petróleo através do gasoduto Caspian, do Mar Negro, podem cair até um milhão de barris por dia, ou 1% da produção global de petróleo, devido a danos causados na infra-estrutura por uma tempestade.

De acordo com a agência, e citando fonte portuária, as exportações de petróleo do terminal Caspian pararam totalmente nesta quarta-feira, após danos em duas das três instalações de carregamento no terminal.

Os mercados accionistas europeus abriram a negociar em alta, na sessão desta quarta-feira, depois do encerramento em terreno positivo dos mercados norte-americanos (terça-feira) e dos mercados asiáticos, mas já inverteram essa tendência e seguem negativas. O agravamento da taxa de inflação no Reino Unido, para 6,2% em Fevereiro, máximo de 30 anos, pode antecipar nova subida das taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra.

O principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI, abriu a subir 0,14%, tendo subido mais de 2% na sessão anterior. Mas às 11h00, a variação do índice já era negativa em 0,30%.

As praças de Paris, Frankfurt e Madrid apresentavam subidas de cerca de 1% no arranque, mas seguem ligeiramente negativas.

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