Harry e Meghan distinguidos nos EUA pelo serviço público em prol dos direitos civis

Os duques de Sussex vão receber o Prémio do Presidente de uma organização norte-americana de direitos civis. O neto de Isabel II e a mulher deverão marcar presença na cerimónia que tem lugar, este sábado, em Los Angeles.

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Harry e Meghan, em Setembro de 2021 Reuters/Caitlin Ochs

O príncipe Harry e a mulher, Meghan Markle, vão ser agraciados com o principal prémio da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla original). A notícia foi avançada pela organização de direitos civis, esta quinta-feira, salientando que os duques de Sussex vão ser reconhecidos pelo serviço público que têm feito em prol dos direitos das minorias, sobretudo dos afro-americanos.

O casal — que fundou a associação de solidariedade Archewell pouco depois de se ter mudado para Los Angeles, EUA, na sequência da decisão de abandonar os deveres reais, no início de 2020 — vai receber o prestigiado Prémio do Presidente, avançou a organização. A cerimónia dos 53.º Image Awards da NAACP será transmitida em directo este sábado, 26 de Fevereiro, no canal de YouTube da associação.

Em anos anteriores, entre os vencedores do Prémio do Presidente destacaram-se o activista norte-americano Jesse Jackson, a diplomata Condoleezza Rice, o pugilista Muhammad Ali e o ex-secretário de Estado dos EUA Colin Powell, entre outras personalidades afro-americanas. Recentemente, venceram figuras do desporto e do entretenimento como o basquetebolista LeBron James, a cantora Rihanna e o rapper Shawn Carter, mais conhecido como Jay-Z.

A fundação Archewell — cujo nome é um trocadilho com o nome do primeiro filho dos duques de Sussex, Archie — e a NAACP também estabeleceram uma parceria para criar um novo prémio de direitos civis. A primeira vencedora da nova categoria será Safiya Noble, professora da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, conhecida pelos estudos sobre como o mundo digital intersecta e influencia a cultura, a etnia e o género.

“É um orgulho apoiar o trabalho da NAACP e também estabelecer uma parceria com a organização para o novo prémio Archewell para os Direitos Civis Digitais”, salientaram o príncipe Harry e Meghan Markle, em comunicado. De lembrar que o racismo foi apontando como um dos motivos que levaram os duques de Sussex a decidir abandonar o Reino Unido. Além da distinção, o novo prémio anual inclui uma bolsa de 100.000 dólares (quase 90 mil euros), sem restrições, para ser usada em prol do conhecimento nesta área.

O livro de Safiya Noble, uma das bolseiras da prestigiada Fundação MacArthur, intitulado Algorithms of Oppression: How Search Engines Reinforce Racism (disponível em Portugal na língua original), examina os algoritmos sexistas e racistas na internet. “Os direitos civis digitais e a protecção contra os perigos da internet são um caminho crucial para um mundo mais justo”, salientou a investigadora, em comunicado. “Estamos a trabalhar em prol de uma maior leque de oportunidades para as pessoas mais vulneráveis”, declarou.

A cerimónia dos prémios da NAACP, este sábado, vai contar com uma actuação de Mary J. Blige e contributos de personalidades como as actrizes Kerry Washington e Tiffany Haddish, os actores LL Cool J, Morgan Freeman e Samuel L. Jackson e o músico Questlove.

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