Dr. Dre levou Snoop Dogg, 50 Cent, Mary J. Blige, Kendrick Lamar e Eminem à Super Bowl

O produtor e rapper actuou no intervalo da 56.ª edição do jogo de futebol americano que marca o final da época da NFL.

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Super Bowl tem desde 2019 uma parceria com a Roc Nation de Jay-Z jOHN G. MABANGLO / EPA
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50 Cent jOHN G. MABANGLO / EPA

Na viragem dos anos 1980 para a década de 1990, o produtor e rapper Dr. Dre, bem como os seus colegas do controverso grupo N.W.A., eram, graças ao enorme êxito de Fuck Tha Police, uma espécie de inimigo público número 1 da América. Foram banidos da rádio, por exemplo. Dre manteve-se controverso a solo, bem como a trabalhar com os rappers para quem produziu álbuns, como Snoop Dogg e Eminem, todos alvos de constante polémica pela violência, misoginia ou homofobia, real ou entendida das letras. Isto a somar aos casos reais de violência (doméstica e não só) e problemas com a lei que marcaram a vida pública do produtor.

Em 2022, Dr. Dre, cujo último álbum, Compton, data de 2015, e cuja carreira como produtor tem abrandado bastante, é um multimilionário de 56 anos e um empresário de sucesso (graças, em parte, à marca de headphones Beats by Dre) que já não é visto como esse inimigo público número 1. É, também, o responsável por um número considerável de êxitos, em nome próprio ou de outros, ainda suficientemente reconhecíveis para actuar no espectáculo do intervalo de um dos eventos desportivos mais vistos do mundo: a Super Bowl, que desde 2019 tem uma parceria com a Roc Nation de Jay-Z.

Foi isso que aconteceu no domingo à noite, em Inglewood, Califórnia, na 56.ª edição do jogo que opôs os vencedores Los Angeles Rams aos Cincinnati Bengals e marcou o final da época da NFL. Na actuação, Dr. Dre juntou-se a Snoop Dogg, 50 Cent, Mary J. Blige, Kendrick Lamar e Eminem (com a ajuda de Anderson .Paak na bateria, apesar de, tradicionalmente, os instrumentos tocados na Super Bowl serem em playback) e a desfilar por alguns desses êxitos, bem como outros que não tiveram dedo dele. Lamar, Eminem e .Paak são todos artistas actuais da Aftermath, a editora de Dr. Dre, pela qual 50 Cent já passou.

Começou com The Next Episode e acabou em Still D.R.E., temas de Dre e Snoop Dogg e ambos de 2001, o disco que Dre editou em 1999. Pelo meio, California Love, de 2Pac, com Dre e Snoop Dogg, In Da Club, de 50 Cent, Family Affair e No More Drama, de Mary J. Blige, M.A.A.D. City e Alright, de Kendrick Lamar, Forgot About Dre, do próprio Dre com Eminem, Lose Yourself, de Eminem, I Ain't Mad at Cha, de 2pac, interlúdio instrumental com Dre ao piano enquanto Eminem se ajoelhava, em referência a Colin Kaepernick, e Still D.R.E., com Dre e Snoop Dogg e a participação dos outros convidados. Eminem ajoelhou-se.

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