Governo aprova plano de recuperação para o turismo

Tutela apresenta amanhã um plano para estimular a actividade turística, hoje aprovado em Conselho de Ministros.

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Plano do Governo "plano visa promover o turismo ao longo de todo o ano, e em todo o território" Anna Costa

O Conselho de Ministro aprovou esta quinta-feira um plano para estimular a actividade turística que, segundo a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, será apresentado amanhã pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e pela secretária de Estado do Turismo, Rita Marques. “Este plano visa promover o turismo ao longo de todo o ano, e em todo o território, de modo a encontrar respostas estruturais para mitigar os efeitos da pandemia”, explicou a ministra em conferência de imprensa.

A ideia de depender menos da época alta e de descentralizar o turismo para as regiões tradicionalmente menos procuradas já existia antes da pandemia (incluindo a melhoria das qualificações e salários dos trabalhadores), estando inscrita no plano estratégico do sector desenhado para 2017-2027, mas poderá ter agora uma nova dinamização.

O plano, explicou Mariana Vieira da Silva, servirá para “encontrar respostas estruturais para mitigar os efeitos da pandemia” no sector. “A economia portuguesa depende fortemente do turismo”, sublinhou a ministra, recordando que esta foi “uma das áreas mais afectadas” pelos impactos da covid-19.

No comunicado do Conselho de Ministros refere-se que o Governo “dará prioridade à temática da acessibilidade aérea e da mobilidade, áreas fundamentais para a competitividade do destino”. 

Intitulado de “plano reactivar o turismo, construir o futuro”, este, diz o comunicado, “estrutura-se em quatro pilares de actuação – apoiar as empresas, fomentar a segurança, gerar negócio e construir o futuro – com o intuito de criar mais valor e contribuir de forma expressiva para o crescimento do Produto Interno Bruto e para uma distribuição mais justa da riqueza”. 

Neste momento, estão activas duas linhas de crédito específicas para o sector, uma vocacionada para as micro e pequenas empresas e outra, mais recente, para as médias e grandes empresas do turismo.

Na semana passada, o INE deu conta de que a procura turística em Portugal (consumo por parte de estrangeiros e residentes) caiu 50,4%, para 16,3 mil milhões de euros em 2020, devido à pandemia de covid-19, o que representa uma diminuição de 16,5 mil milhões de euros para o sector.

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