Segundo período arrancou com milhares de alunos com aulas à distância

Surtos de covid-19 obrigam milhares de alunos a ter aulas à distância já no início do segundo período. Mas directores das escolas estão confiantes. Alegam que a experiência adquirida em Setembro mostrou que é possível.

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LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Muitos foram os alunos que começaram, esta segunda-feira, o segundo período com aulas à distância devido a surtos de covid-19. Para já, esta situação aconteceu em Mangualde, no distrito de Viseu, em Pinhel e Mêda, que pertencem ao distrito da Guarda, Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, e Tavira, no Algarve. Nos Açores e na Madeira também há escolas que tiveram de optar por dar aulas online.

Segundo a TSF, no caso de Mangualde, são perto de mil estudantes do sétimo ao 12.º ano que, pelo menos durante uma semana, vão ter aulas online. No caso das escolas dos concelhos de Pinhel e da Mêda, esta situação de aulas à distância está prevista para as próximas duas semanas. No agrupamento de escolas de Oliveira do Hospital está previsto que o segundo e terceiro ciclos, e também o secundário, vão ter aulas à distância. Apenas o primeiro ciclo e o pré-escolar terão aulas presenciais.

Em Tavira, os alunos dos segundo e terceiro ciclos e do secundário também iniciaram este período com aulas online. Nas ilhas, a situação não é diferente. Nos Açores, vai ser feita uma testagem em massa nas escolas de Rabo de Peixe e Vila Franca do Campo, e só depois poderão iniciar as aulas. Na Madeira, o regresso às aulas será gradual nos concelhos com mais casos: Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava. Na Universidade da Madeira, pelo menos durante uma semana, estão suspensas todas as actividades presenciais.

Em declarações ao PÚBLICO, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, disse que a expectativa “para os próximos 55 dias úteis de aulas é que o ensino seja conduzido maioritariamente nas escolas”.

Segundo o mesmo responsável, professores, pais e alunos já tiveram a experiência do primeiro período e agora “é manter o rigor das regras de segurança”, nomeadamente a obrigatoriedade do uso da máscara e higienização das mãos e dos espaços.

“Já aconteceu o mesmo em algumas situações, com turmas que confinaram, com professores que estiveram isolados no primeiro período, e nós convivemos muito bem com esta realidade”, afirmou, sublinhando que tem de se fazer uma “gestão diária da situação porque são os números diários que ditam o caminho a seguir”.

“Vamos navegar sempre junto da costa”, afirmou, sublinhando a importância da interligação entre as escolas e as autoridades locais de Saúde. Filinto Lima também disse que, pelo menos até esta segunda-feira, não eram conhecidas outras situações de aulas à distância além das já referidas.

Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) também está optimista em relação à forma como professores, pais e alunos vão lidar com a pandemia no segundo período. “Tenho as melhores expectativas para o segundo período porque já se teve a experiência em Setembro. Foi difícil, mas realizou-se”, afirmou, sublinhando que, em Setembro estava bem mais apreensivo porque se estava a lidar com o desconhecido.

A Direcção-Geral de Saúde (DGS) deverá fazer, esta terça-feira, uma actualização dos surtos de covid-19 em contexto escolar.

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