Regresso à escola: alunos de Mangualde e Mêda obrigados a ter aulas online

Início do 2.º período do ano lectivo começa de forma diferenciada. Covid-19 leva algumas regiões a adoptar pelas aulas online.

Foto
Daniel Rocha

O início do 2.º período do ano lectivo vai arrancar de forma diferenciada devido aos casos de covid-19 que em algumas regiões obrigam a medidas de maior cautela e a adoptar o ensino à distância.

O Agrupamento de Escolas de Mêda, no distrito da Guarda, anunciou este domingo que, nas próximas duas semanas, as aulas do segundo período lectivo não serão presenciais devido “à actual situação epidemiológica” da covid-19 no concelho.

Numa informação divulgada de manhã, nas redes sociais, o presidente do Agrupamento, Luís Filipe Lopes, salienta que se trata de uma “medida preventiva e de mitigação”.

“Apelamos à tranquilidade, compreensão e colaboração de toda a comunidade”, lê-se no comunicado.

O município anunciou também que os mercados semanais das próximas duas segundas-feiras foram cancelados, salvaguardando que a “Praça do Mercado permanecerá aberta ao público” para acesso a bens de primeira necessidade.

O presidente da Câmara, Anselmo Sousa, numa mensagem publicada no sábado já tinha dito que o início do ano ficou “marcado pelo aparecimento de diversos surtos da covid-19” na comunidade local.

Este domingo de manhã, a Santa Casa da Misericórdia da Mêda anunciou que morreram duas pessoas na sequência de um surto de covid-19 num dos três lares da instituição.

Na quinta-feira foi divulgado a existência de um surto de infecções com o novo coronavírus naquele espaço que infectou 65 utentes e 26 funcionários, situação que se mantém hoje inalterada “no número de casos activos”.

Aulas não presenciais regressam também a Mangualde esta segunda-feira, dia 4 de Janeiro, na abertura do segundo período lectivo. A medida foi aplicada pela Direcção-geral da Saúde (DGS) devido ao agravamento da situação pandémica no concelho, que o coloca em risco extremo de contágio da covid-19.

Os ensinos do pré-escolar, 1.º Ciclo e 2.º Ciclo continuam com aulas normais, mas os alunos que frequenta o 3.º Ciclo e o ensino Secundário passam a ter aulas online até à próxima sexta-feira, dia 9 de Janeiro.

O director do Agrupamento de Escolas, Agnelo Figueiredo, citado pelo Jornal do Centro, explicou que, perante a situação “crítica”, sugeriu as alterações à DGS, que por sua vez entendeu que seria a melhor opção. O responsável acrescenta que a próxima semana é importante manter os alunos em casa depois de dois momentos (Natal e Ano Novo) em que houve maior movimentação e ainda pelo facto de “o vírus estar a circular na comunidade”. “Desta maneira iremos diminuir a possibilidade de haver contágios dentro da escola. Foi uma decisão muito boa da senhora delegada geral da saúde, que eu saúdo e que pode ser muito boa para Mangualde”, explicou Agnelo Figueiredo.

O director do agrupamento desconhece as razões que levaram a DGS a não englobar na medida os ensinos do pré-escolar, 1.º Ciclo e 2.º Ciclo, mas refere que em causa deve estar a necessidade de um dos pais ter de ficar em casa para fazer o respectivo acompanhamento dos filhos. “Eu pedi para todos os anos e ciclos, mas de facto o pré-escolar, 1.º Ciclo e 2.º Ciclo foram excluídos. Penso que serão questões que têm a ver com o funcionamento da economia”, disse.

Portugal contabiliza pelo menos 7045 mortos associados à covid-19 em 423.870 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Sugerir correcção
Ler 2 comentários