Rio diz que período de nojo de cinco anos para governantes no BdP é exagero

Para o líder do PSD é mais sensato definir um intervalo de dois anos para sair do executivo e ocupar o cargo de governador do Banco de Portugal.

Rui Rio visitou exploração de cerejas do Fundão
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Rui Rio visitou exploração de cerejas do Fundão LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA
Rui Rio, líder do PSD
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Rui Rio, líder do PSD LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta terça-feira que os governantes que queiram transitar para cargos públicos como o de governador de Banco de Portugal, devem cumprir um “período de nojo” mas defendeu que cinco anos é “um exagero".

Frisando que é preciso um “equilíbrio”, Rui Rio considerou que era mais “sensato e equilibrado” definir o intervalo de dois anos para governador do Banco de Portugal e de um para a administração.

A Assembleia da República aprovou hoje, na generalidade, um projecto de lei do PAN com o objectivo de alterar as regras de nomeação do governador e restantes membros da administração do Banco de Portugal, que contou com os votos a favor do PSD.

De visita ao Fundão, distrito de Castelo Branco, questionado sobre a possibilidade de o ministro das Finanças ser nomeado governador do Banco de Portugal, Rui Rio defendeu que se cumpra um intervalo, mas ressalvou que a proposta apresentada pelo PAN propõe um período de nojo muito longo e defendeu que este deve ser reduzido, aquando do debate na especialidade.

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Posso, desde já, dizer que os cinco anos que lá estão previstos [no diploma do PAN] é um exagero. Para mim, isso isso também [já] é um exagero. Portanto, nós poderemos vir a viabilizar uma legislação desse género, que aconselhe esse período de nojo, mas num período de tempo muito mais escasso e muito mais baixo”, afirmou.

Rui Rio argumentou que “uma pessoa não pode ficar uma vida à espera”, só porque em tempos teve um determinado cargo e sustentou que se o período for demasiado logo se corre o risco de, a determinada altura, também não haver pessoas disponíveis para ocuparem funções governativas ou até para integrarem a política.

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