Bolsas europeias em alta depois das fortes quedas, com Milão a disparar 7%

Após anúncio de injecção de liquidez pelos bancos centrais, os mercados estão a recuperar. Índice que reúne as 600 principais empresas cotadas na Europa avança perto de 3%.

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Wall Street registou na quinta-feira o pior dia desde 1987 LUSA/JUSTIN LANE

As principais bolsas europeias abriram em alta na manhã desta sexta-feira após a forte queda na sessão de ontem, que nalguns casos chegou aos 1o%. Os investidores parecem mais optimistas depois de vários bancos centrais terem anunciado medidas de injecção de liquidez nas economias para travar a contracção económica que se teme poder acontecer por causa da propagação do novo coronavírus.

O índice Stoxx600, que reúne as 600 principais empresas cotadas nas praças de referência na Europa, avança 2,96% por volta das 10h15 em Lisboa.

Milão é a praça que apresenta a maior valorização entre os principais mercados, estando a subir já 7,47%.

O português PSI 20 também está em sentido positivo, a crescer 3%, na Bolsa de Madrid o Ibex 35 avança 5%, o DAX de Frankfurt sobe 2,93%, o parisiense CAC 40 cresce 3,39%, o AEX de Amesterdão valoriza-se 2,79% e o Bel 20 de Bruxelas apresenta um crescimento de 3,15%.

Em Wall Street, os índices tinham fechado a enfrentarem o pior dia de negociação desde a “segunda-feira negra” de Outubro de 1987. Os mercados asiáticos encerraram com sentidos diferentes, sem que a bolsa de Tóquio evitasse uma nova sessão em baixa, ao perder cerca de 6%.

Depois de a Reserva Federal norte-americana (Fed) ter injectado 1500 milhões de dólares, outros bancos centrais seguiram a mesma estratégia para criar liquidez no mercado. O banco central do Japão anunciou a compra de 200.000 milhões de ienes de obrigações e a autoridade monetária da Austrália subiu o valor das suas operações de recompra em 8800 milhões de dólares australianos.

Este conjunto de medidas estão a tomadas na mesma altura em que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu abrir uma nova linha de empréstimos a taxas de juro negativas para os bancos da zona euro (para facilitar o crédito dos bancos às Pequenas e Médias Empresas) e decidiu reforçar em 120 mil milhões de euros o montante das compras de obrigações empresariais a realizar até final de 2020.

Também o petróleo está a recuperar na sessão desta sexta-feira, sem, contudo, conseguir escapar ao facto de esta semana representar ainda a maior queda semanal em 12 anos.

No mercado cambial, o euro sobe 0,12%, para 1,120 dólares.

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