Costa contra-ataca e acusa ex-governador de “montar uma operação política” para o denegrir

Primeiro-ministro volta a criticar o livro de memórias de Carlos Costa, acusando o ex-governador do Banco de Portugal de transmitit “um conjunto de mentiras, meias-verdades e deturpações”.

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O primeiro-ministro queria falar de Saramago mas voltou a criticar o livro de memórias de Carlos Costa LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira ter “muito orgulho no trabalho” que ele próprio e outras personalidades desenvolveram “para que a estabilização do sistema financeiro fosse atingida” e sublinha que, só este ano, “já duas agências revalorizaram o rating de Portugal”. “Já não somos lixo”, sublinhou António Costa, frisando que “o sistema financeiro hoje não tem nada a ver com o que era em Novembro de 2015”.

António Costa falava aos jornalistas à saída da Casa dos Bicos, em Lisboa, sede da Fundação José Saramago, no dia em que se assinada o centenário do nascimento do único escritor português galardoado com o Prémio Nobel da Literatura. Mas que era também o dia seguinte à apresentação do livro de memórias do antigo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, onde este faz acusações ao actual primeiro-ministro, por alegadamente ter tentado proteger a empresária angolana Isabel dos Santos.

“É o pior dia para falar de um livro” que, diz António Costa, “em que cada página que se vai conhecendo se percebe que é um conjunto de mentiras, meias-verdades e deturpações”. “Carlos Costa entendeu que devia montar uma operação política para me denegrir”, acrescentou o chefe de governo, reafirmando porém que está no direito de defender o seu bom nome e que o fará em tribunal.

“Já ando na vida política há tempo suficiente para não admitir que quem quer que seja minta a respeito dos meus actos e das minhas intenções”, frisou, acrescentando: “A história esclarecerá tudo e há muitas pessoas que conhecem a história. Confio na justiça. A honra, antigamente, lavava-se em duelos. Agora, felizmente, num Estado civilizado, uma democracia, num Estado de Direito, temos meios próprios de apurar a esclarecer a verdade nos tribunais”. assinalou.

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