Portugal mantém quebra no número de casos de varíola-dos-macacos

A Direcção-Geral da Saúde confirmou mais 27 casos, mantendo pela segunda semana consecutiva menos de três dezenas de novas infecções. A tendência de quebra é transversal ao continente europeu, com uma diminuição do número de casos ao longo das últimas três a quatro semanas.

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Portugal confirmou, até esta quinta-feira, 898 casos de varíola-dos-macacos DADO RUVIC/REUTERS

O número de casos confirmados de infecção pelo vírus da varíola-dos-macacos em Portugal subiu para 898, mais 27 do que o total registado na última semana, anunciou esta quinta-feira à noite a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

“Todas as regiões de Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira reportaram casos, dos quais 641 (77%) na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo”, adiantou a DGS na actualização semanal sobre a evolução da doença no país.

De acordo com a autoridade de saúde, até quarta-feira, foram reportados 831 casos no SINAVEmed (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), a maior parte dos quais pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos (44%).

Segundo os dados da DGS, 99% das infecções foram registadas em homens (823), tendo sido notificados oito casos em mulheres.

A DGS avança ainda que a recente média de novos casos confirmados de infecção pelo vírus da varíola-dos-macacos (monkeypox ou VMPX) “corrobora a desaceleração observada na notificação e, por aproximação, da transmissão da infecção”.

A vacinação dos primeiros contactos próximos começou a 16 de Julho e, até ao último domingo, tinham sido vacinadas 400 pessoas, aponta o departamento liderado por Graça Freitas, ao referir que continuam a ser identificados e orientados para esse processo os contactos elegíveis nas diferentes regiões do país.

Ao longo deste ano, foram notificados à Organização Mundial da Saúde 54.707 casos confirmados e 397 casos prováveis de infecção humana por VMPX em 102 países, tendo sido registadas 18 mortes.

De acordo com os dados disponibilizados pela DGS, o número de novos casos reportados no mundo diminuiu 25,5% na semana de 29 de Agosto a 04 de Setembro, comparativamente com os sete dias anteriores.

Os 10 países com maior número de casos são os Estados Unidos (19.833), a Espanha (6749), o Brasil (5525), a França (3646), a Alemanha (3505), o Reino Unido (3484), o Peru (1724), o Canadá (1289), a Holanda (1172) e a Colômbia (938), que, no seu conjunto, representam 87,5% das infecções notificadas a nível global.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar as quatro semanas.

O VMPX transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.

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