Um orçamento para cumprir o ritual

Perante a incerteza da inflação e da quase inevitável perda do poder compra e o desejo de manter a situação financeira sob o controlo possível, o que se anuncia é um orçamento defensivo, contingente e transitório.

O ministro das Finanças chamou-lhe “meio Orçamento”. O Presidente da República avisou que “terá de ser reapreciado à medida que a situação evoluir”. O primeiro-ministro reconheceu que “vivemos um ciclo marcado por problemas” e, numa determinação própria de quem se abriga até que a tempestade passe, manteve o essencial do Orçamento do Outono e tratou de receitar medidas avulsas para aplacar o drama da inflação. A conclusão é óbvia: este é um orçamento condenado a ser rectificado, uma criação destinada apenas a cumprir um ritual.

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