Britney Spears ganhou esta quarta-feira o direito a escolher o próprio advogado para ajudá-la a terminar com a tutela de 13 anos que controla a sua vida pessoal e assuntos comerciais, avança o The New York Times.

A juíza do tribunal de Los Angeles que está a supervisionar o caso aprovou o pedido numa audiência que aconteceu três semanas depois de a cantora ter feito um discurso emotivo em que apelidou a tutela de “abusiva”.

Ainda com a sessão a decorrer, o jornal noticiou que o ex-procurador federal Mathew Rosengart ocuparia o lugar do advogado nomeado pelo tribunal que representa Spears desde 2008. Esse advogado, Samuel Ingham, renunciou ao lugar na semana passada. Rosengart já representou estrelas de Hollywood como Senn Penn e Steven Spielberg. O primeiro passo a ser dado pelo advogado será preencher um documento formal a pedir a rescisão da tutela.

Spears, de 39 anos, deixou claro no seu testemunho que queria pôr fim ao acordo legal, apelidando-o de “abusivo, estúpido e constrangedor”. Em Junho, a pop star queixou-se de restrições à sua liberdade e disse que foi impedida de se casar ou de ter mais filhos e que foi obrigada a tomar medicamentos contra a vontade.

Em 2008, depois de vários episódios de colapso mental, o pai de Britney, James ‘Jamie’ Spears, foi nomeado tutor e curador provisório da filha, enquanto os bens desta passaram a ser geridos em conjunto pelo progenitor e pelo advogado Andrew Wallet.

Do lado de fora do tribunal, dezenas de fãs organizaram uma manifestação para pedir o fim da tutela. Vários gritavam “Libertem a Britney”.

A juíza do Tribunal Superior de Los Angeles, Brenda Penny, não chegou a abordar os pedidos feitos por várias pessoas próximas à cantora e envolvidas na tutela para obter a presença de seguranças 24 horas por dia depois de terem recebido ameaças de morte.

O pai e a irmã da cantora, Jamie Spears e Jamie Lynn Spears, e Jodi Montgomery, têm recebido cada vez mais chamadas e mensagens ameaçadoras desde que Britney falou em tribunal, de acordo com documentos oficiais.

Os documentos judiciais também fazem referência a discussões entre Montgomery, que tem a tarefa de supervisionar os cuidados pessoais da cantora, e Jamie Spears, que controla a sua propriedade desde 2008. Na origem desta troca de palavras está a atribuição da culpa pelas restrições impostas à cantora.