“Há muita coisa má que não é nem fascismo nem comunismo”

As democracias já não se derrubam, podem ser subvertidas por dentro. No seu ensaio O Regresso das Ditaduras?, António Costa Pinto interroga-se sobre se as democracias iliberais serão um novo tipo de regime político e que consequências terão nas democracias ocidentais os partidos e os líderes populistas que já chegaram ao poder.

Foto
Na Itália, depois da recente passagem do partido de extrema-direita de Matteo Salvini pelo poder, as coisas voltaram à normalidade com o governo de Giuseppi Conte LUSA/RICCARCO ANTIMIANI

Vivemos em tempo de polarização do discurso, de radicalização do combate politico, do “nós” contra “eles”, da falta de tolerância ou do excesso de tolerância, como talvez seja próprio dos tempos de grandes transformações e, portanto, de grandes incertezas. Temos dificuldade em estabelecer fronteiras e em saber como usar bem as palavras. Na vida política, esta dificuldade é particularmente visível. Qual é a fronteira entre democracia liberal e iliberal? O que separa uma democracia de um regime autoritário? Como distinguir o populismo do nacionalismo ou o autoritarismo do totalitarismo? Como classificar Viktor Orbán, Recep Erdogan, Jair Bolsonaro, Vladimir Putin ou Xi Jinping? E Donald Trump?

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 9 comentários