Investigações aos crimes de Epstein continuam após arquivamento do caso

Magnata foi encontrado morto na prisão. Procuradores vão continuar a investigar os crimes sexuais que lhe são atribuídos e garantem que cúmplices podem ser acusados, apesar do arquivamento do caso.

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Procuradores continuarão investigações Reuters/Shannon Stapleton

O juiz Richard Berman arquivou nesta quinta-feira o caso contra Jeffrey Epstein, o milionário dos Estados Unidos acusado de ter uma rede de tráfico de raparigas menores. O magistrado explicou que, por lei, estava obrigado a arquivar o caso devido à morte do arguido.

Na mesma sessão do tribunal, os procuradores garantiram que a investigação ao caso Epstein vai prosseguir e que este arquivamento não impede futuras acusações a possíveis cúmplices.

O magnata — amigo pessoal do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do príncipe André, filho da rainha Isabel II do Reino Unido — foi detido no dia 6 de Julho e declarou-se inocente dos crimes de que era acusado. 

Foi encontrado morto na sua cela no dia 10 de Agosto, depois de ter sido retirado da lista de prisioneiros em risco de cometer suicídio.

O FBI está a investigar a sua morte e, segundo disse uma fonte policial à Reuters, as duas câmaras que apontavam para a cela não estavam a funcionar devidamente na noite da morte. Outra fonte disse que dois guardas prisionais falharam as rondas de verificação que devem fazer a cada prisioneiro a cada 30 minutos.

Na terça-feira, 16 mulheres disseram ter sido vítimas de abusos sexuais por parte de Epstein e lamentaram que a sua morte as tenha privado da possibilidade de se fazer justiça.

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