Novas notas de 100 e 200 euros entram em circulação na terça-feira

Foram produzidas 3000 milhões de novas notas para entrarem em circulação a 28 de Maio, mas as notas antigas podem continuar a ser usadas.

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LUSA/Toms Kalnins

As novas notas de 100 e de 200 euros entram em circulação a partir de terça-feira com novos elementos de segurança. Com estas duas notas, o Banco Central Europeu conclui a série Europa, no âmbito da qual já foram introduzidas novas notas de cinco, 10, 20 e 50 euros.

As notas existentes podem continuar a ser usadas pelos cidadãos sem restrições, incluindo para fazer pagamentos, não sendo necessário proceder à sua troca. 

De acordo com o Banco de Portugal (BdP), mais de 3000 milhões de novas notas de 100 e 200 euros foram produzidas. “Para a entrada das novas notas em circulação, foram produzidas 2300 milhões de notas de 100 euros e 750 milhões de notas de 200 euros”, indicou à Lusa fonte oficial.

As novas notas não foram fabricadas em Portugal. Estiveram envolvidos no fabrico das novas notas de 100 euros os bancos centrais de sete países: Itália, França, Áustria, Alemanha, Letónia, Lituânia e Espanha, mas só cinco fábricas trataram da impressão das novas notas, de acordo com o supervisor. No caso da nota de 200 euros, os bancos centrais responsáveis pela produção das novas notas foram Itália, França e Áustria.

As notas de 100 e 200 euros têm menos cinco milímetros de altura em comparação com as notas da primeira série do euro, tendo o mesmo tamanho das de 50 euros, o que facilita o seu manuseamento.

“Sendo da mesma largura, as notas de 50, 100 e 200 euros podem agora ser tratadas e processadas com mais facilidade pelas máquinas. Além disso, cabem melhor nas carteiras de quem as utiliza e têm maior durabilidade, visto que estarão sujeitas a menor desgaste e deterioração”, indica o BCE no seu site.

Contudo, o comprimento das notas fica inalterado e, “quanto maior é o comprimento, mais elevado o valor da nota”, frisa a entidade liderada por Mario Draghi.

As notas contêm elementos de segurança inovadores, e, à semelhança das outras denominações, permitem atestar a sua genuinidade através do método “tocar, observar e inclinar”.

Têm ainda um holograma-satélite na parte superior da banda prateada que expõe pequenos símbolos do euro (€) que se movem em torno dos algarismos representativos do valor da nota e que se tornam mais nítidos quando são expostos a luz directa.

A banda prateada exibe também um retrato de Europa (figura mitológica grega que deu origem ao nome do continente europeu), o motivo arquitectónico e um símbolo do euro de grande dimensão. As novas notas de 100 e 200 euros incluem igualmente um número esmeralda melhorado.

“Se bem que o número esmeralda esteja presente em todas as restantes notas da série ‘Europa’, esta versão melhorada exibe também símbolos do euro dentro dos algarismos representativos do valor da nota”, frisa o BCE.

As novas notas mantêm os desenhos de estilo arquitectónico, com as notas de 100 a manterem a cor verde e o desenho em estilo barroco e rococó e as de 200 a continuarem com cor amarelo-torrado e a retratar a arquitectura em ferro e vidro do século XIX.

A primeira nota da série Europa, de cinco euros, entrou em circulação em Portugal e nos restantes países do euro a 2 de Maio de 2013, seguindo-se a nota de 10 euros, em 23 de Setembro de 2014, e a nota de 20 euros, em 25 de Novembro de 2015. A nota de 50 euros entrou em circulação a 4 de Abril de 2017.

A série Europa não inclui notas de 500 euros, que começaram a ser retiradas de circulação em Janeiro.

Questionado sobre o número de notas de 100 e 200 euros em circulação em Portugal, o BdP indicou que “numa união económica e monetária, como é o caso da área do euro, não é possível saber a quantidade de notas que circulam em cada país”.

Mas o regulador e supervisor bancário português adiantou que, “globalmente, na área do euro, no final de Abril de 2019 encontravam-se em circulação 2848 milhões de notas de 100 euros e 269 milhões de notas de 200 euros”.

De acordo com dados do Banco Central Europeu (BCE), no final de Abril as notas de 100 euros correspondiam a 12,7% do total de notas em circulação, enquanto as de 200 euros representavam 1,2%, a menor parcela entre as várias denominações.

As notas de 50 euros representavam a maior fatia de notas em circulação (46,6%), num total de 10.476 milhões de unidades, enquanto as de 500 euros, que deixaram de ser fabricadas desde 27 de Janeiro por 17 dos 19 bancos centrais da zona euro, correspondiam a 2,3% de todas as notas em circulação na zona euro, num total de 507 milhões.

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