Sandro Aguilar, André Gil Mata e João Viana: mais três nomes para Berlim

As longas-metragens dos três cineastas portugueses surgem ao lado de Hong Sang-soo ou Sergei Loznitsa na secção paralela Forum, e juntam-se a três curtas na competição oficial.

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Mariphasa, de Sandro Aguilar, é uma das três longas portugueses a fazer a sua estreia internacional em Berlim DR

Mariphasa, de Sandro Aguilar, The Tree, de André Gil Mata, e Our Madness, de João Viana: apesar dos títulos, são mais três filmes portugueses que farão a sua estreia em festivais internacionais na edição 2018 da Berlinale. As três longas-metragens surgem na secção paralela não competitiva Forum, dedicada ao cinema de autor, experimental e de vanguarda, e juntam-se às três curtas anteriormente anunciadas na competição oficial Berlinale Shorts.

Mariphasa é a segunda longa do realizador e montador Sandro Aguilar, fundador da produtora O Som e a Fúria que tem estado por trás de obras de Miguel Gomes, João Nicolau ou Ivo FerreiraThe Tree é, por sua vez, a terceira longa de André Gil Mata, cuja estreia neste formato, Cativeiro (2012), venceu o prémio DocAlliance de 2013; o novo filme marca o seu regresso às paisagens da Bósnia-Herzegovina após a incursão ficcionada de Como me Apaixonei por Eva Ras (2016). Finalmente, Our Madness, que marca o regresso de João Viana à longa-metragem após A Batalha de Tabatô (2013), faz uma curiosa “dobradinha” com esse anterior projecto: tal como em 2013, quando tanto a longa A Batalha de Tabatô como a curta Tabatô foram apresentadas em Berlim, Viana repete este ano a dupla presença, com Our Madness no Forum e a curta Madness na Berlinale Shorts. Ambos os projectos resultam do trabalho do realizador, antigo assistente de Paulo Rocha, em Moçambique. 

Com este anúncio, sobem a seis os filmes portugueses na 68.ª edição do festival de Berlim, que corre de 15 a 25 de Fevereiro: para além de Madness, a Berlinale Shorts (que terá Diogo Costa Amarante, vencedor da secção em 2017, no júri) recebe ainda Russa, de João Salaviza e Ricardo Alves Jr., e Onde o Verão Vai, de David Pinheiro Vicente.

No Forum, os filmes de Aguilar, Gil Mata e Viana estarão ao lado de Grass, o mais recente filme do prolífico sul-coreano Hong Sang-soo, Infinite Football, do romeno Corneliu Porumboiu, Victory Day, do bielorrusso Sergei Loznitsa, The Green Fog, do canadiano Guy Maddin, ou Premières Solitudes, da francesa Claire Simon, numa programação que para já ganha aos pontos à competição oficial (cuja revelação não está no entanto ainda completa). A presença portuguesa em Berlim confirma o forte princípio de ano 2018 para o cinema de produção nacional, com o Festival de Roterdão (que começa no próximo dia 24) a apresentar nada menos do que 11 títulos, entre os quais três longas em estreia mundial.

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