Jorge Mourinha
Crítico
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O AD ASTRA está na lista das nossas escolhas, embora não seja mencionado no texto principal, concebido como um olhar sobre o ano onde, evidentemente, não cabia tudo.
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Tendo em vista que o filme irá ter a sua estreia oficial na sessão do Indie de amanhã e que todas as sessões até agora foram privadas (imprensa ou festivais), estarei correcto em pensar que a sra. "Maria Branco" é na verdade alguém ligado à produção do filme?
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Remeto o leitor para dois filmes de Spike Lee que não abordam o trauma racista: INSIDE MAN e 25th HOUR. Penso que são a melhor resposta possível ao seu comentário. ??
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Então eu explico. Nas trincheiras da guerra havia portugueses de todas as regiões do país e seria de esperar que todos eles falassem com os sotaques das suas regiões de origem. Mas não se ouvem nenhuns sotaques regionais no filme, nem trasmontanos, nem alentejanos, nem algarvios, nem nada. Fala tudo o mesmo português "correcto" de Lisboa.
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A crítica teve sempre duas estrelas.
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Não sou eu que cito Manoel de Oliveira, é o júri que premiou o filme no depoimento que faz e que está aliás devidamente assinalado no texto: "Num breve comentário assinado em conjunto, o júri considera que Farpões, Baldios “revivifica uma linhagem de obras onde a infância desbloqueia os sofrimentos, os erros e a virtualidades do passado, tradição que devemos, entre outros, a Manoel de Oliveira, a António Reis e Margarida Cordeiro, a Teresa Vilaverde”."
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Caro Luis Diogo, eu estive na sessão para imprensa onde supostamente a maioria da critica internacional saiu antes do fim e não vi o abandono em massa que refere. Vi gente a sair, sim, mas vi por exemplo muito mais gente a sair no filme brasileiro Joaquim ou no coreano de Hong Sang-soo do que no filme de Teresa Villaverde. quanto a conferência de imprensa não ter muita gente, de facto não tinha, mas isso é a regra em Berlim para filmes de cinematografias pequenas. Na conferência de imprensa de Vazante de Daniela Thomas estava ainda menos gente do que na de Colo, depois de uma projecção para a imprensa com a sala quase vazia. Mas disso, claro, o jornal que usa como fonte não fala...?
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Curioso que, das três críticas dos principais jornais da indústria sobre o filme - Hollywood Reporter, Variety e Screen International - o leitor tenha preferido citar a única que não gostou do filme. Sugiro a leitura da Variety - https://variety.com/2017/film/reviews/colo-review-1201982899/ - e a da Screen International. http://www.screendaily.com/reviews/colo-berlin-review/5115072.article .
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(A despropósito, a Nair vem aqui porque foi um dos últimos filmes a encontrar esse ponto de rebuçado entre público e crítica. Podia ter falado do Atom Egoyan, também, por exemplo.)
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Mas a ideia não era "arrasar" ninguém. Infelizmente, nem sempre o espaço disponível permite apontar as nuances que possa haver entre uns e outros. Pessoalmente, por exemplo, acho que o Leigh continuou ao mais alto nível, já os Coen acho mais irregulares; o Moretti, por exemplo, nunca o coloquei aos píncaros de muita gente. Mas não se trata sequer de uma opinião pessoal, mais reconhecer que houve uma geração colocada nos píncaros em 1990-2000 e ver onde eles estão hoje. Para mim, como observador, é mais ou menos evidente que não estão bem. (E eu não gosto, nada, deste Kusturica.)