Os trabalhadores que prestam assistência em terra (handling) nos aeroportos vão juntar-se aos seguranças, numa greve que ameaça perturbar os aeroportos nacionais entre o Natal e o Ano Novo.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) emitiu nesta terça-feira três pré-avisos de greve, abrangendo os trabalhadores da Groundforce, da Prosegur, da Securitas. Num comunicado, o sindicato adianta que vai ainda emitir um quarto pré-aviso para os trabalhadores da Portway.

O pré-aviso de greve da Groundforce abrange os aeroportos do Continente e da Madeira e aponta para três dias de paralisação (de 28 a 30 de Dezembro, embora as consequências possam começar a sentir-se no dia anterior). O pré-aviso de greve da Securitas afectará nos aeroportos do Porto, Funchal e Porto Santo, enquanto o da  Prosegur vai abranger Lisboa, Faro e Açores. Os seguranças fazem greve de 27 a 29.

No caso do handling, o Sitava lamenta que passados mais de 4 meses da assinatura de um acordo entre o SITAVA e o Governo, ele continue “a não ser concretizado na sua plenitude”. E critica a actuação da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) exigindo que seja responsabilizada “pelas suas falhas graves no licenciamento ilegal da operação Ryanair/Groundlink (que está na origem de um processo de despedimento colectivo)”.

Exige ainda que a TAP, accionista da SPdH/Groundforce, renove o contrato de assistência em escala com empresa, “contribuindo desta forma para o fim da indefinição sobre o futuro da empresa e dos seus mais de 2000 postos de trabalho”.

No caso dos trabalhadores que garantem a segurança nos aeroportos, o sindicatos exige a conclusão da negociação do novo Contrato Coletivo de Trabalho. Em cima da mesa estão, além do aumento salarial para os próximos dois anos, as  melhoria das condições laborais, dos tempos de trabalho e da segurança e saúde.