PS colocará interesse do país acima do partido na escolha do Conselho de Estado

António Costa remete para líder parlamentar, Carlos César, a gestão do processo. Socialistas avaliam possibilidade de o BE e PCP integrarem a lista.

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António Costa preside ao comité que representa as autoridades locais e regionais da UE Foto: Enric Vives-Rubio/arquivo

O primeiro-ministro remeteu para o líder da bancada socialista o processo de escolha dos nomes do parlamento para o Conselho de Estado, mas frisou que o PS colocará o interesse nacional acima dos seus próprios interesses.

António Costa falava esta sexta-feira aos jornalistas após ter sido recebido pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a quem apresentou formalmente cumprimentos em nome do Governo.

Questionado sobre o processo em torno dos cinco nomes a indicar pela Assembleia da República para o Conselho de Estado, o primeiro-ministro defendeu que esse assunto "terá de ser colocado ao presidente do Grupo Parlamentar do PS", Carlos César.

"É um assunto que será tratado ao nível dos grupos parlamentares. No quadro do respeito que o Governo pretende manter no seu relacionamento com a Assembleia da República, também gostaremos de ter uma fronteira muito clara entre aquilo que são matérias em que o executivo intervém e aquilo que são matérias da esfera própria do parlamento e que os grupos parlamentares gerirão através das respectivas lideranças", sustentou.

Perante a insistência dos jornalistas nesta questão, António Costa adiantou que o líder parlamentar do PS "gerirá certamente" a matéria da indicação de nomes do Conselho de Estado "em função daquilo que é o melhor interesse do país, mais do que aquilo que é o interesse específico do PS".

"O PS deve sempre ter em conta que acima dos seus próprios interesses está o interesse nacional", acrescentou.

No Grupo Parlamentar do PS, neste momento, discute-se a possibilidade de ceder respectivamente ao Bloco de Esquerda e ao PCP os segundo e terceiro lugares da sua lista para o Conselho de Estado.

Se isso acontecer, o PS, por via da Assembleia da República, apenas elegerá um dos cinco elementos, quando, por método d'Hondt, apresentando uma lista própria, sem representantes de outras forças da esquerda parlamentar, elege sempre dois membros.

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