Tribunal Europeu autoriza hospital a desligar as máquinas de bebé com doença rara

Charlie Gard sofre de uma doença raríssima. Pais queriam levá-lo a fazer tratamento experimental nos EUA.

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O bebé já perdeu as capacidades motoras, a visão e a audição e apenas sobrevive através de respiração e alimentação assistida Reuters/VINCENT KESSLER

Depois de o Tribunal britânico ter negado a Chris Gard e a Connie Yeates o pedido para levar o seu filho Charlie Gard, que sofre de uma doença rara, aos EUA para tratamento experimental, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos repete a sentença e rejeita o recurso dos pais do bebé. Esta era a última oportunidade de os progenitores recorrerem a qualquer instância jurídica para avaliar o caso.

A rejeição do pedido por parte do Tribunal Europeu vem levantar a ordem judicial sob a qual os médicos do hospital onde Charlie Gard está internado foram obrigados a manter ligada a máquina que presta suporte básico de vida à criança. 

Charlie Gard nasceu a 4 de Agosto e sofre de uma doença raríssima, o síndrome de depleção mitocondrial, que afecta a capacidade das células gerarem energia, o que provoca o enfraquecimento dos músculos e, progressivamente, danos cerebrais.

Charlie, internado no Great Ormond Street Hospital, em Londres, já perdeu as capacidades motoras, a visão e a audição e apenas sobrevive através de respiração e alimentação assistidas. Desde a decisão do Alto Tribunal de Justiça do Reino Unido, que os profissionais do Great Ormond Street Hospital consideram que as máquinas que mantêm Charlie vivo devem ser desligadas, dado não haver qualquer possibilidade de recuperação, pela irreversibilidade das lesões.

Os pais de Charlie desejavam levá-lo aos Estados Unidos para ser submetido a um tratamento experimental, sendo que recorreram a uma plataforma de angariação de fundos online, tendo conseguido reunir 1,2 milhões de libras (cerca de 1,13 milhões de euros).

Chris Gard e Connie Yates declararam anteriormente que, caso não conseguissem permissão para submeter o filho ao tratamento experimental nos EUA, iriam utilizar o dinheiro angariado na criação de um fundo para investigação da doença. No mundo, há apenas 16 pacientes com esta doença diagnosticada. Charlie é um deles.

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