Registos médicos de Kate terão sido violados? Organismo de controlo de dados analisa

Um porta-voz do Information Commissioner’s Offices disse nesta quarta-feira: “Podemos confirmar que recebemos uma denúncia de violação e estamos a avaliar as informações fornecidas.”

Foto
A ausência de Kate da vida pública desencadeou especulações Reuters/LUKE MACGREGOR
Ouça este artigo
00:00
03:29

O organismo de controlo de dados da Grã-Bretanha anunciou que está a investigar uma denúncia de que funcionários do hospital onde Kate Middleton foi submetida a uma cirurgia abdominal, em Janeiro, tentaram aceder aos registos de saúde da princesa.

Segundo o Daily Mirror, os responsáveis da London Clinic, onde o rei Carlos também foi tratado em Janeiro, estavam a investigar as alegações de que pelo menos um membro do pessoal tinha sido apanhado a tentar aceder aos registos médicos de Kate.

Um porta-voz do Information Commissioner's Offices disse nesta quarta-feira: "Podemos confirmar que recebemos uma denúncia de violação e estamos a avaliar as informações fornecidas."

Kate, 42 anos, foi operada a uma doença não cancerosa mas não especificada durante a sua estadia de cerca de duas semanas no hospital.

A London Clinic declarou, num comunicado relativo à cobertura mediática, que todo o seu pessoal estava perfeitamente consciente dos seus deveres éticos e legais em matéria de confidencialidade dos doentes. "Dispomos de sistemas para monitorizar a gestão da informação sobre os doentes e, em caso de violação, serão tomadas todas as medidas de investigação, regulamentares e disciplinares adequadas", afirmou o director-executivo Al Russell num comunicado. "Não há lugar no nosso hospital para aqueles que intencionalmente violam a confiança de qualquer um dos nossos pacientes ou colegas", acrescentou, citado pelo The Washington Post.

Kate afastou-se das funções oficiais e o Palácio de Kensington disse que só deverá regressar aos compromissos reais depois da Páscoa. Qualquer violação da confidencialidade dos registos de saúde da princesa era "um assunto para a London Clinic", afirmou o seu gabinete.

A ministra da Saúde das Mulheres, Maria Caulfield, confirmou a denúncia e sublinhou, nesta quarta-feira, a gravidade de qualquer potencial violação e disse ser "muito importante que os doentes tenham a certeza de que só as pessoas que estão a cuidar deles podem ver as suas notas médicas". E, citada pela Sky News, acrescentou: "Estas regras aplicam-se a todos os doentes, pelo que há regras muito rigorosas sobre os registos dos doentes a que se pode aceder."

De acordo com a legislação britânica, os estabelecimentos médicos são obrigados a proteger a confidencialidade dos doentes, que se estende mesmo para além da morte. A divulgação de qualquer informação confidencial do doente só é permitida para "os cuidados clínicos directos do doente a que se refere", de acordo com o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla inglesa). As excepções aplicam-se apenas quando o doente consente explicitamente a divulgação, se for exigido por lei ou se a divulgação puder ser justificada pelo interesse público.

A ausência de Kate da vida pública desencadeou especulações, rumores e teorias da conspiração sobre a sua saúde. As especulações aumentaram depois de o príncipe William se ter retirado, à última hora, de uma cerimónia fúnebre em Windsor, a 27 de Fevereiro, devido a um "assunto pessoal". O exército britânico aumentou a confusão quando o seu site informou que Kate iria participar na parada militar Trooping the Colour em Junho, um evento anual que assinala o aniversário oficial do monarca, antes de retirar o seu nome horas mais tarde.

A fotografia publicada, no início deste mês, alegadamente tirada por William para assinalar o Dia da Mãe, que no Reino Unido é assinalado três semanas antes da Páscoa, veio ainda suscitar mais intrigas, com Kate a pedir desculpas por ter editado a imagem onde aparece com os filhos.

Na segunda-feira, no entanto, um vídeo publicado pelo jornal Sun mostrava-a a caminhar e a carregar sacos de compras ao lado de William numa loja agrícola em Windsor, perto da sua casa. O Palácio de Kensington não negou a veracidade do vídeo, mas recusou-se a comentar um assunto que considera ser do foro privado da família.

Sugerir correcção
Comentar