Doze figuras para seguir em 2024: de Elon Musk a Pedro Nuno Santos e Montenegro

Este ano, fundimos numa só a lista de figuras nacionais e internacionais que vão ser determinantes no novo ano.

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Este exercício de antever as figuras que vão marcar o futuro parte de alguns momentos que foram importantes em 2023 e que aguardam novos episódios em 2024. Um exemplo: as eleições legislativas antecipadas. Ao aceitar a demissão do primeiro-ministro e ao dissolver o Parlamento, o Presidente da República abriu uma porta para o futuro político de várias personalidades, incluindo para si próprio. Em Portugal e lá fora, veja quem vai contar no ano que vem.

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Fernando Araújo e a reforma do SNS

Tem nas suas mãos a difícil tarefa de fazer o Serviço Nacional de Saúde (SNS) funcionar em rede. Num ano de contestação em várias áreas, a saúde não ficou de fora: os profissionais reivindicaram melhores condições de trabalho, houve greves, protestos, negociações com o Governo e um grande número de médicos mostrou-se indisponível para a realização de mais trabalho extraordinário além daquele que está previsto na lei, e que são 150 horas por ano. Os sindicatos esperam retomar negociações logo que haja um novo Governo.

Perante este “período crítico”, Fernando Araújo, o primeiro director executivo do SNS, reorganizou os serviços de urgência de forma a manter o funcionamento dos diferentes pontos. E está a fazê-lo semana a semana.

A partir de Janeiro, cada médico volta a estar obrigado a fazer 150 horas, mas em algumas especialidades, por terem muita presença na urgência, esse bloco de horas poderá estar esgotado antes do meio do ano. O desafio será o de fazer uma melhor gestão dessas horas. Ou encontrar outra solução.

Consensual entre a classe, Fernando Araújo aceitou o cargo de director executivo do SNS depois de ter presidido ao conselho de administração do Hospital de São João, no Porto, instituição de saúde considerada um “farol” durante a pandemia de covid-19.

Para 2024, espera-o também a contestada concretização do alargamento a todo o país do modelo que integra hospitais e centros de saúde de uma área geográfica numa mesma entidade, as novas unidades locais de saúde (ULS), cujo decreto-lei foi publicado em Novembro. Na calha está também o avanço da impopular reforma das urgências, que passa por encaminhar os doentes triados como azuis ou verdes para consultas nos centros de saúde ou em hospital de dia. O projecto de portaria está em consulta pública. Daniela Carmo

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Lucília Gago termina o mandato

Foi no seu reinado que se deu um facto inédito na história da democracia portuguesa: desencadear uma investigação a um primeiro-ministro em funções. Mas não será só por isso que Lucília Gago, que termina o seu mandato de seis anos como dirigente máxima do Ministério Público em Outubro de 2024, será recordada. Ficará também para a posteridade como a procuradora-geral da República mais silenciosa das últimas décadas.

Além de nunca ter dado nenhuma entrevista, a magistrada foge dos jornalistas como o Diabo da cruz. Foram muito escassas as oportunidades que os portugueses tiveram a oportunidade de lhe ouvir a voz. Sucedeu nas cerimónias solenes de abertura do ano judicial, que utilizou várias vezes para reclamar mais meios.

Questionada sobre se se sentia responsável pela demissão de António Costa, Lucília Gago deu uma resposta de viva voz pela primeira vez a 23 de Novembro, passadas mais de duas semanas sobre a hecatombe política que se sucedeu à Operação Influencer. “Não me sinto responsável por coisa nenhuma”, declarou, de forma desastrada. “O Ministério Público investiga aquilo que deve investigar.”

A decisão que sairá do Tribunal da Relação de Lisboa em Janeiro sobre o futuro da Operação Marquês, mas sobretudo o que vier a ser — ou a não ser apurado sobre a actuação de António Costa nos negócios investigados na Influencer serão momento marcantes para o prestígio do Ministério Público, e, por arrasto, de uma procuradora que muitos temiam, quando foi indicada para o cargo, poder vir a ser demasiado complacente para com o PS. Ana Henriques

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Montenegro e o desfecho eleitoral t(r)emido

Líder do maior partido da oposição, Luís Montenegro partiria, em condições políticas ditas normais, como claro favorito à vitória nas legislativas antecipadas de 10 de Março não apenas pela lógica da alternância política após oito anos de governação socialista, mas também pela forma como o executivo PS ruiu a partir de dentro.

Todavia, as sempre criticadas sondagens habitualmente subvalorizadas por quem surge pior na fotografia e sobrevalorizadas pelos opositores daqueles e por quem aparece melhor colocam o PSD taco a taco com o PS. Nesta fase, a leitura possível é a de que tanto sociais-democratas como socialistas podem vencer as legislativas.

Montenegro já disse que só formará Governo se vencer as eleições – rejeitando forjar uma coligação de uma eventual direita maioritária se o PS ganhar e também que não governará dependente do apoio do Chega. Garantias que lhe retiram margem para chegar a primeiro-ministro e que, no caso de não ganhar as eleições, e/ou de não haver maioria de esquerda no Parlamento, colocarão em si todos os holofotes — e fact checkings.

Luís Montenegro tanto pode ser o homem que depois de Passos Coelho e do trauma da troika devolve o PSD ao poder, como aquele que não conseguiu tirar partido da situação do PS para o fazer. Neste segundo cenário, poderá já nem ser ele o líder aquando das europeias de Junho. David Santiago

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Pedro Nuno Santos, de ex-ministro a líder do PS em 11 meses

No início de 2023, era um ex-ministro acabado de se demitir na sequência das notícias sobre a indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, ex-gestora da TAP. Onze meses depois, é o novo líder do PS eleito numas directas que ninguém previa.

Pedro Nuno Santos foi um beneficiário da demissão de António Costa e do fim da maioria absoluta, mas foi, sobretudo, um beneficiário dos anos que trabalhou para chegar a secretário-geral do partido. O caminho começou cedo, quando ainda em 2018, num congresso do PS, assumiu que não punha de lado vir a ocupar o cargo de António Costa.

Depois de sair do Governo, onde foi substituído por João Galamba, o ex-ministro das Infra-Estruturas esteve alguns meses em silêncio, voltou ao Parlamento e teve uma passagem fugaz por um programa de comentário na SIC. Foi uma experiência curta, que serviu para assumir algumas críticas à governação e para dar a conhecer o seu pensamento.

Há uma semana, venceu as eleições internas do PS com mais de dois terços dos votos, deixando José Luís Carneiro em segundo.

É uma figura a seguir em 2024, uma vez que é um dos políticos mais bem colocados para serem primeiro-ministro. Sónia Sapage

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Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente ferido

Marcelo Rebelo de Sousa é, neste momento, um Presidente ferido. Depois de meses de um braço-de-ferro no espaço mediático com o primeiro-ministro, por este ter recusado demitir o ministro João Galamba, após Marcelo lhe ter apontado a porta de saída, o chefe de Estado confrontou-se, no início de Novembro, com duas situações que muito o debilitaram aos olhos da opinião pública: o caso das gémeas luso-brasileiras e a decisão sobre a dissolução da Assembleia da República. E como ambas aconteceram ao mesmo tempo, tornaram a situação ainda pior.

A metade esquerda do país não perdoou a Marcelo a decisão de dissolver uma Assembleia da República com maioria absoluta. E o caso das gémeas, insuflado muito além do razoável face aos factos, serviu para alimentar na opinião pública um clima de vingança contra o Presidente da República, sem que este tivesse sabido “picar o balão”.

Mas o pior pode mesmo estar para vir. Os resultados das eleições legislativas serão um verdadeiro teste político a Marcelo: se o PS volta a ganhar as eleições, retira legitimidade à decisão de dissolver o Parlamento. Se ganha a direita mas precisar de negociar com o Chega para governar, cola-se à pele do Presidente a responsabilidade de ter feito crescer a extrema-direita. E se o próximo Governo acabar por cair em menos de dois anos, como caíram os últimos dois, Marcelo pode passar à História como o Presidente recordista das dissoluções. Terá ainda margem para se redimir? Leonete Botelho

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António Costa, o “tudo ou nada”

A demissão do cargo de primeiro-ministro é tudo menos uma saída de cena de António Costa do palco político no próximo ano. Nos primeiros meses do ano continuará a ser o chefe de Governo, ainda que com poderes diminuídos por se encontrar em gestão, mas não deixará de exercer o cargo com tudo o que lhe é inerente, tanto ao nível nacional como ao internacional. Logo a 1 de Fevereiro participa na reunião extraordinária do Conselho Europeu e dias depois das legislativas de 10 de Março, a 22 desse mês, outra reunião deste organismo europeu o levará a Bruxelas, onde não deixará de ter protagonismo.

Entretanto, mais cedo ou mais tarde, é provável que se conheça o destino do inquérito judicial que sobre ele impende no Supremo Tribunal de Justiça e que levou à sua demissão: ou é arquivado, ou avança para processo-crime, e aí, sim, fica sem margem para continuar no teatro político nos próximos tempos. Nesse cenário, a expectativa entre os socialistas é que o processo termine antes do segundo semestre de 2025, de forma a que se possa candidatar à Presidência da República, em Janeiro de 2026.

Já se o inquérito for arquivado, Costa fica com mãos livres para ser o que quiser. No PS são muitas as vozes que o vêem como provável cabeça de lista às eleições europeias, que se disputam em Portugal a 9 de Junho. Isso permitiria colocá-lo no xadrez europeu para assumir um cargo de relevo em Bruxelas, seja como presidente do Conselho Europeu, caso os Socialistas Europeus mantenham o segundo lugar nas eleições, seja como presidente do Parlamento Europeu, cargo agora rotativo entre os dois maiores grupos políticos. Leonete Botelho

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André Ventura além do soundbite?

O presidente do Chega há muito vem dizendo que não haverá Governo de direita sem o seu partido e prometendo que levará esta força populista ao poder. Qualquer resultado acima ou em torno dos 15% nas legislativas — como admitem as sondagens — já permitirá a Ventura falar em vitória, mais ainda se um possível Governo de direita depender do Chega. Por outro lado, o Chega parece embalado para um bom resultado nas europeias de Junho, assegurando o(s) primeiro(s) eurodeputado(s) do partido.

Tendo em conta os contextos nacional e internacional, que vêm reiterando o agravar da fragmentação parlamentar e dando força aos partidos radicais e ultraconservadores ainda que a Polónia seja uma recente excepção , Ventura posiciona-se para tentar ser incontornável não apenas no sistema mediático e, sobretudo, nas redes sociais , para o ser também no sistema político.

Dificilmente André Ventura não sairá reforçado dos próximos actos eleitorais. Resta saber se irá capitalizar tais ganhos eleitorais para influenciar políticas concretas ou apenas para aumentar o nível dos soundbites anti-sistema. David Santiago

Roberto Martínez, a prova de fogo depois do mar de rosas

O ano de 2024 será um ano de agenda recheada no desporto, com o Campeonato da Europa de Futebol, entre 14 de Junho e 14 de Julho, a anteceder a realização dos XXXIII Jogos Olímpicos, que tomarão conta de Paris.

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Mais do que nunca, Portugal entrará em campo, na Alemanha, exibindo ao pescoço a credencial de candidato ao título (mesmo tendo em conta a nuance entre candidatos e favoritos), estatuto justificado por uma campanha de apuramento absolutamente imaculada.

Os números, nunca é de mais repescá-los, são elucidativos: dez jogos, dez vitórias (com uma goleada das antigas pelo meio, 9-0 ao Luxemburgo), 37 golos marcados e apenas dois sofridos. Uma proeza inédita para os padrões do futebol nacional, alcançada por um seleccionador que teve de adaptar-se à realidade portuguesa e por um conjunto ímpar de talentos que teve de interiorizar rapidamente um novo ideário.

Com Roberto Martínez, mudou o sistema de jogo, mudaram algumas das dinâmicas, mudaram várias das escolhas e mudou parte do discurso. Até ver, essa metamorfose operada pelo técnico espanhol vai de vento em popa, com resultados palpáveis e (algumas) exibições a condizer. Mas falta enfrentar as vagas maiores neste mar revolto que vai ser o Euro 2024. E, sem nenhum teste de fogo até à data, o comportamento da nau portuguesa ainda é pouco mais do que uma incógnita. Nuno Sousa

Elon Musk em 2024: mais chatbots, menos likes

Elon Musk não precisa que gostem dele. Nem que gostem dos seus muitos projectos que incluem carros eléctricos, foguetões reutilizáveis, implantes cerebrais, satélites que fornecem Internet e, mais recentemente, chatbots. Só precisa que os achem úteis e os usem. Enquanto isso, diz o que pensa.

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Tanto quer pôr humanos em Marte para escapar ao aquecimento climático, como defende a liberdade de expressão de promotores de teorias de conspiração. “É uma verdadeira fraqueza querer que gostem de nós. Eu não tenho isso”, insistiu o empresário, com 52 anos, durante uma entrevista recente num evento do New York Times. Cinco minutos mais tarde demonstrava-o, mandando os anunciantes que tinham abandonado o X dar uma volta.

No final de 2022, Musk tornou-se dono do Twitter (actual X) com a missão de criar uma plataforma rentável onde todos dizem aquilo que querem. Mas a empresa perdeu mais de metade da força de trabalho nos primeiros meses e ficou sem as receitas publicitárias depois do tecnólogo aprovar comentários anti-semitas no X. O facto de visitar Israel pouco depois não acalmou os ânimos. Musk critica o boicote. “Não sou anti-semita”, disse. “Por vezes, digo a coisa errada.”

Os planos para 2024 incluem trabalhar no Grok, um chatbot que usa IA, uma resposta ao ChatGPT, da OpenAI, uma organização que Musk ajudou a criar mas cujo percurso não agradou ao empresário. Em simultâneo continua a trabalhar numa empresa que desenvolve tecnologia para ligar o cérebro humano a computadores e outros dispositivos. Karla Pequenino

Donald Trump e o regresso do caos eleitoral

Nos dias que se seguiram à invasão do Capitólio dos Estados Unidos, poucos seriam os que anteviam um futuro político promissor ao então Presidente norte-americano, acusado no seu próprio partido de ser o responsável pelo ataque. À medida que as semanas foram passando, os políticos republicanos foram confrontados com uma escolha difícil, quando perceberam que Donald Trump não ia perder a sua base de apoio no eleitorado: ou continuavam a afastar-se dele, tornando-se alvos da fúria do “trumpismo”; ou passavam a tolerá-lo, na esperança de continuarem a ser eleitos.

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Três anos depois, Trump não só parece ter reconquistado a aura que tinha entre os republicanos antes da eleição de 2020, como se apresenta, a um ano da eleição de 2024, como um forte candidato à reeleição — e com um discurso ainda mais extremista do que em 2016 e 2020, suscitando comparações com o manifesto de Adolf Hitler, A Minha Luta, ao referir-se à oposição de esquerda como “vermes” e ao afirmar que “a imigração ilegal está a envenenar o sangue” dos EUA.

Nunca nenhum outro candidato à Casa Branca em representação de um dos dois grandes partidos manteve um estatuto de favorito nas condições em que Trump se apresenta é réu em quatro processos-crime, incluindo dois em que é acusado de tentar subverter os resultados da eleição presidencial de 2024; e já foi obrigado a pagar cinco milhões de dólares por agressão sexual, num processo em que o juiz afirmou, sem meias-palavras, que o provável candidato republicano à Casa Branca “violou” a escritora e jornalista E. Jean Carroll. Alexandre Martins

Keir Starmer, o primeiro-ministro anunciado

O Reino Unido vai a votos em 2024 já com uma certeza prévia: Keir Starmer será o próximo primeiro-ministro britânico. O colossal avanço do Partido Trabalhista nas muitas sondagens que foram sendo publicadas durante os últimos meses indicam, sem sombra de dúvida, que o Labour regressará ao poder após uma travessia do deserto eleitoral de 19 anos: a última vitória trabalhista aconteceu em 2005, quando os britânicos elegeram, pela derradeira vez, Tony Blair para um mandato que terminou em 2010.

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A partir daí, o percurso do Partido Trabalhista foi feito de quatro derrotas sucessivas, a última em 2019, quando Boris Johnson conseguiu transferir para o Partido Conservador os votos do descontentamento em relação a Jeremy Corbyn, entretanto caído em desgraça no seu próprio partido. Starmer conquistou a liderança trabalhista em 2020, com um programa que prometia levar o Labour mais para o centro do espectro político do Reino Unido depois dos anos “radicais” de Corbyn.

Com Starmer, o Labour suavizou o seu discurso — até elogiou recentemente Margaret Thatcher e o seu líder não cometeu o erro do antecessor de tudo prometer, limitando-se a assistir, tranquilo, à derrocada auto-infligida dos tories, abalados por escândalos sucessivos e por uma evidente falta de competência. A falta de uma posição clara sobre uma série de temas, nomeadamente o fim da austeridade aplicada por uma série de governos conservadores que, com o “Brexit” pelo meio, deixou o Reino Unido mais pobre e com sectores como o Serviço Nacional de Saúde à beira do colapso, será, porventura, a maior crítica que pode ser feita à liderança de Keir Starmer. Paulo Narigão Reis

Claudia Sheinbaum, a mulher que vai liderar o México

O próximo Presidente do México vai ser uma mulher. A certeza não vem só do avanço que Claudia Sheinbaum, a candidata do Morena, partido fundado pelo actual líder mexicano, Andrés Manuel López Obrador, detém nas sondagens, mas também por quem a segue, com alguma distância, nos inquéritos de opinião: a conservadora Xóchitl Gálvez.

A não ser que aconteça um volte-face inesperado, será Sheinbaum a suceder, em Junho, a A.M.L.O., a sigla pela qual é conhecido o ainda Presidente mexicano. Para já, as sondagens dão-lhe uma confortável vantagem que deve permitir a eleição logo à primeira volta.

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Governadora da Cidade do México até Junho deste ano, Claudia Sheinbaum, de 61 anos, é recorrentemente comparada com Angela Merkel. Tal como a antiga chanceler alemã, é uma cientista que levou para a política o rigor da academia, Merkel doutorada em Química Quântica, Sheinbaum em Engenharia de Energias. Do seu currículo fazem parte dois importantes relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) das Nações Unidas.

Enquanto governou a Cidade do México, Sheinbaum levou avante a electrificação da frota de autocarros da capital mexicana e instalou painéis solares na Central de Abasto, o gigantesco mercado grossista da cidade.

Um dos grandes desafios de Sheinbaum será aplicar as suas credenciais ambientais na governação do 11.º maior produtor mundial de petróleo e a única nação do G20 que ainda não estabeleceu um objectivo de emissões zero, ao mesmo tempo que mantém a rota de crescimento económico e inflação baixa que o país tem trilhado nos últimos anos. E, naturalmente, terá que lidar com a violência num país onde muitos estados vivem sob o jugo dos cartéis de droga. Paulo Narigão Reis

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