Vulcão na Islândia: fluxo de lava abranda com a chegada de nevões

Vulcão entrou em erupção na noite desta segunda-feira. Investigador islandês defende que a erupção poderá parar este fim-de-semana ou durante a próxima semana.

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A erupção vulcânica abrandou esta quarta-feira na Islândia ANTON BRINK/EPA
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A fissura no Sudoeste da Islândia tem uma extensão de quase quatro quilómetros SIGURDUR MAR DAVIDSSON/Reuters
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O vulcão no Sudoeste da Islândia entrou em erupção na noite desta segunda-feira ANTON BRINK/EPA
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A erupção vulcânica expeliu lava e fumo a mais de 100 metros de altura ANTON BRINK/EPA
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A erupção no sistema vulcânico Svartsengi poderá terminar nos próximos dias ANTON BRINK/EPA
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Os nevões diminuíram a visibilidade para os focos de erupção no sudoeste da Islândia ANTON BRINK/EPA
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Desde 2021, esta é a quarta erupção vulcânica nesta região do país ANTON BRINK/EPA
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Vista panorâmica sobre a vila piscatória de Grindavik, na Islândia Maxar Technologies/Reuters

O fluxo de lava do vulcão que entrou em erupção na Islândia no início desta semana diminuiu esta quarta-feira, à medida que os fortes nevões cobriram a região sudoeste deste país europeu – reduzindo a visibilidade de uma erupção que, para já, parece destinada a poupar uma vila próxima, que foi evacuada no início de Novembro.

A erupção vulcânica na noite de segunda-feira, na península de Reykjanes, expeliu lava e fumo a mais de 100 metros de altura, num apogeu dramático após semanas de espera, depois do primeiro alarme surgir com a intensa actividade sísmica na região.

O Governo islandês afirmou que é improvável que os voos para o país sejam afectados, aliviando as preocupações de uma potencial repetição do caos nas viagens internacionais provocado pelas cinzas de uma outra erupção vulcânica na Islândia em 2010.

“É difícil ver exactamente o que está a acontecer, mas quando conseguimos vislumbrar neve, fica claro que há um fluxo de lava cada vez menor”, explica Halldor Geirsson, professor do Instituto de Ciências da Terra da Universidade da Islândia.

A erupção no sistema vulcânico Svartsengi poderá terminar este fim-de-semana ou durante a próxima semana, acrescenta Halldor Geirsson, ou, no máximo, o fluxo de lava pode continuar num ritmo lento ao longo de semanas ou meses – uma situação similar à que aconteceu no sistema vizinho Fagradalsfjall em 2021.

“O cenário mais provável é simplesmente parar”, admite. “Mas se isso acontecer, a pressão começará a aumentar novamente na câmara magmática, o que provavelmente desencadeará outra erupção daqui a algumas semanas.”

As autoridades evacuaram os quase 4000 habitantes da vila piscatória de Grindavik, a cerca de 40 quilómetros da capital Reiquiavique, no início de Novembro, permitindo regressos pontuais à população para verificar as casas colocadas em risco pelos sismos.

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Agora, os gases associados à erupção têm aumentado na península no Sudoeste da Islândia, que também alberga o principal aeroporto internacional islandês (Keflavik). O nível de dióxido de enxofre no ar perto da cidade de Keflavik subiu de 0,2 microgramas por metro cúbico às 6h50 (hora local e de Portugal continental) para mais de 1300 uma hora depois, de acordo com a agência ambiental da Islândia.

Apesar do susto, os níveis regressaram logo ao normal. O dióxido de enxofre pode ser prejudicial à saúde em altas concentrações e as autoridades alertaram que a poluição atmosférica poderia ocorrer na área junto a Reiquiavique durante esta quarta-feira.

O Governo islandês garantiu que a erupção vulcânica não representa uma ameaça à vida da população residente.

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