- Siga aqui a série Amazónia: o combate decisivo
“Eu ajudei a construir a terra da Rondónia. Pode escrever isso.” Martinho Teisch, 86 anos, sente na pele a responsabilidade histórica dos que mudaram o curso dos acontecimentos num Brasil distante de há 50 anos. No caso, o destino de uma cidade e de uma pequena comunidade de pomeranos [da Pomerânia, entre a Alemanha e a Polónia] que o seguiram na procura de uma “terra prometida”. Na sua casa na rua principal de Espigão do Oeste, uma cidade média que fica 33km afastada da BR-364, a estrada federal que faz a espinha dorsal da Rondónia, há uma pequena sala isolada onde as suas aventuras estão profusamente expostas. Cartas de enaltecimento e reconhecimento; fotografias de camiões atolados na lama de jovens louros com roupa dos anos 70 no cenário exótico da floresta; medalhas, diplomas; tudo serve para certificar não apenas o seu papel de pioneiro no desbravamento da Amazónia como a sua missão de, como Moisés, levar o seu povo para esse mundo novo.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.