Em Lisboa, Avenida SushiCafé propõe jantar com sabor japonês e vinho português

O restaurante de cozinha japonesa, à Avenida da Liberdade, marcou para esta quarta, dia 12, uma nova experiência de fusão de culturas. Incluindo miga de tomate transmontana ou cavala lusa à japonesa.

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O sushi é um dos pratos mais procurados do restaurante DR

A dois passos da Avenida da Liberdade, em Lisboa, o Avenida SushiCafé apresenta-se como um restaurante inspirado pela tradição japonesa. Mas a sugestão para o jantar desta quarta-feira também vai ter em destaque os sabores portugueses à mesa.

“Estamos a apresentar um jantar em que vamos usar produtos do nosso país”, começa por explicar o chef executivo Daniel Rente, numa conversa com a Fugas. A harmonizar o menu de degustação, vai estar uma selecção de vinhos portugueses.

A ementa contou com a colaboração de Ricardo Pereira, o chef residente do Avenida. Daniel Rente faz parte do grupo SushiCafé desde a abertura, em 2005, e "fundou" a maior parte dos restaurantes: actualmente são dez, com opções de cozinha asiática, italiana e portuguesa.

O momento do jantar vai ser acompanhado pelo chef executivo, que vai estar junto dos clientes a falar sobre cada um dos diferentes pratos. E por isso, a equipa espera um público “comunicador”, que esteja "predisposto a falar e a ouvir" sobre o que se vai apresentar. “Quero um jantar relativamente leve, não quero que seja uma coisa formal e pesada. Longe disso”, explica.

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O chef Daniel Rente está no grupo SushiCafé desde o início DR

A ementa vai ser composta por oito momentos, e em alguns deles o chef Daniel relembrou as suas origens. É o caso da miga de tomate transmontana acompanhada com um “belo filete” de cavala “arranjado” à maneira japonesa. Para alguns dos pratos, destaque ainda para “o peixe da nossa costa”.

Também a tempura, um dos clássicos da gastronomia japonesa, vai estar em destaque. Este prato, que muitos defendem ter origem portuguesa, resulta da fritura de vegetais ou mariscos que são envolvidos num polme. Como é o caso mais célebre dos muito acarinhados peixinhos da horta, lembra o chef.

Para a sobremesa, a equipa da cozinha aposta numa tarte “pequenina” de Hokkaido, em homenagem a esta ilha japonesa. O cozinheiro, que também passou pelo Japão, refere que a base do prato, a abóbora, é um ingrediente que se utiliza muito na ilha.

A harmonização com vinhos fica a cargo dos enólogos da distribuidora nacional Vinalda, que escolheu o pairing indicado para cada uma das etapas do jantar: “Eu e o chef Ricardo fizemos o menu, mostrámos aquilo que é mais icónico de cada prato.”

Quebrar o "estigma" de que a cozinha japonesa está associada quase basicamente a alimentos crus e frios, é também um dos objectivos. O sushi, naturalmente, é uma das opções mais procuradas no restaurante, a que, por sinal, não falta concorrência japonesa nas vizinhanças. Mas, "modéstia à parte", o Avenida SushiCafé quer ser visto como “um restaurante de sabor muito bom a nível culinário”, e “exigente” com os pratos que apresenta, que represente uma “simbiose” das culturas portuguesa e japonesa.

Para o futuro, o chef executivo está a planear mais um jantar temático, e a sustentabilidade é o tema em cima da mesa. A “pensar no futuro”, Daniel defende a importância da “redução de desperdícios” para minimizar a pegada ecológica. “Em muitos sítios do mundo, uma casca de batata frita faz parte da refeição”, exorta.

O jantar vínico conta com um menu de degustação e a harmonização com vinhos portugueses DR
O jantar vínico conta com um menu de degustação e a harmonização com vinhos portugueses DR
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O jantar vínico conta com um menu de degustação e a harmonização com vinhos portugueses DR

O jantar tem um custo de 80 euros por pessoa, acrescido de mais 35 para quem pretender o pairing de vinhos a harmonizar o momento.


Texto editado por Luís J. Santos

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