Príncipe Harry em Londres para audiência em tribunal contra editor do Daily Mail

O príncipe chegou ao Supremo Tribunal de Londres, nesta segunda-feira de manhã, para uma audiência do caso contra a editora do jornal Daily Mail, que acusa de ter violado a sua privacidade.

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O príncipe Harry chegou ao Supremo Tribunal em Londres, nesta manhã Reuters/TOBY MELVILLE

Harry, o filho mais novo do rei Carlos, interpôs uma acção judicial contra a Associated Newspapers, juntamente com outras celebridades, como o cantor Elton John e o seu marido, o cineasta David Furnish, e as actrizes Elizabeth Hurley e Sadie Frost. No primeiro dia da audiência preliminar, nesta segunda-feira, nenhum dos autores da acção deverá falar.

Os sete requerentes lançaram a acção no ano passado, mas as restrições legais solicitadas pelo grupo jornalístico significam que os pormenores das acusações não foram até agora tornados públicos.

De acordo com uma declaração publicada em Outubro pelos advogados da Frost e Harry, o processo contra a Associated Newspapers inclui acusações de colocação de escutas nos seus telefones, carros e casas, assim como o pagamento de informações sensíveis à polícia.

A Associated Newspapers (AN), editora do Daily Mail, The Mail on Sunday e The Mail Online, nega “absoluta e inequivocamente” as acusações e pretende, nesta audiência junto do Supremo Tribunal de Londres, prevista para durar quatro dias, que o caso seja arquivado.

Esta não é a única batalha legal do duque de Sussex contra a Associated Newspapers (AN). O príncipe está a processar o The Mail on Sunday por difamação a propósito de um artigo sobre os seus acordos de segurança no Reino Unido, e, no ano passado, ganhou uma acção por outra queixa de difamação.

A sua mulher, a ex-actriz Meghan Markle, também ganhou um processo de devassa de privacidade contra a editora, em 2021, depois de os jornais da AN terem publicado trechos de uma carta que a duquesa tinha escrito ao seu pai. Entretanto, espera-se que Harry compareça em tribunal em Maio para testemunhar num julgamento por difamação contra o jornal Daily Mirror por acusações de piratear telefones.

A intrusão dos meios de comunicação social foi uma das razões pelas quais Harry e Meghan decidiram afastar-se dos deveres reais e forjarem novas vidas e carreiras na Califórnia, EUA. E, tanto na série documental da Netflix como no livro de memórias de Harry, Na Sombra, os dois atacam ferozmente a imprensa.

No entanto, possivelmente a mais notável reclamante no caso é Doreen Lawrence, a mãe do adolescente Stephen Lawrence, assassinado num ataque racista em 1993. Mais tarde, foi nomeada baronesa pelo seu activismo.

O The Mail tinha defendido trazer os assassinos do seu filho à justiça e disse que as alegações que a envolviam eram “difamações terríveis e totalmente infundadas”. Numa declaração em Outubro passado, um porta-voz da Associated Newspapers​ disse que a editora tinha “o maior respeito e admiração” por Lawrence e ficou triste por a mulher ter sido persuadida a juntar-se à acção por “quem quer que seja que esteja a orquestrar [de forma] cínica e sem escrúpulos estas alegações”.

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