Prémio Autores da SPA distingue 21 criadores em oito áreas culturais

O filme A Metamorfose dos Pássaros, da cineasta Catarina Vasconcelos, e a peça Limbo, do dramaturgo, encenador e actor Vítor Oliveira, foram premiados em duas categorias.

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A cineasta Catarina Vasconcelos venceu os prémios de Melhor Filme e Melhor Argumento com A Metamorfose dos Pássaros Nuno Ferreira Santos

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) distinguiu 21 criadores nas oito áreas culturais previstas no Prémio Autores – literatura, teatro, cinema, televisão, rádio, música, dança, literatura e artes visuais –, que por sua vez se desdobram num total de 23 categorias, divulgou esta sexta-feira a cooperativa, sublinhando que o objectivo deste prémio, criado em 2010, é "prestigiar o trabalho" dos criadores e "promover as suas obras junto do público".

Na literatura, a obra A Mulher sem Pálpebras, de Ana Marques Gastão, recebeu o Prémio para o Melhor Livro de Ficção Narrativa, e Coração Lento, de Frederico Pedreira, o de Melhor Livro de Poesia. O prémio para o Melhor Livro para a Infância e Juventude foi para O Meu Cavalo Indomável, de David Machado, com ilustrações de Ricardo Ladeira, e a peça Limbo, de Vítor Oliveira, que também a encenou e interpretou, foi duplamente distinguida com os prémios para Melhor Espectáculo de Teatro e Melhor Texto Português Representado.

Ainda na área do teatro, Rita Rocha recebeu o prémio de Melhor Actriz pelo desempenho na peça Lua Amarela, de David Greig, com encenação de Pedro Carraca, levada à cena pelos Artistas Unidos; e João Pedro Mamede recebeu o Prémio de Melhor Actor pelo seu trabalho em Birdland, de Simon Stephens, com encenação de Jorge Silva Melo (1948-2022), também pela companhia Artistas Unidos.

Na música, Estaleiro, de Pedro Mafama, foi distinguido com o prémio Autores para o Melhor Tema de Música Popular, e o Melhor Trabalho de Música Popular foi para Cosmorama, de Beautify Junkyards, enquanto o prémio para o Melhor Trabalho de Música Erudita distinguiu Retratos, de João Madureira.

Na área da rádio, o Programa da Manhã, de Pedro Ribeiro, na Rádio Comercial, foi considerado o Melhor Programa.

No cinema, a longa-metragem A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos, foi duplamente distinguida com o prémio de Melhor Filme e o de Melhor Argumento.

O desempenho de Anabela Moreira em O Último Banho, de David Bonneville, valeu-lhe o prémio de Melhor Actriz em Cinema, e Carloto Cotta recebeu o de Melhor Actor pela sua interpretação em Diários de Otsoga, de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes.

Em televisão, o prémio para o Melhor Programa foi para Deus Cérebro, de António José de Almeida, exibido na RTP1, que arrecadou também o prémio para o Melhor Programa de Ficção, ex aequo com Até que a Vida nos Separe, da autoria de João Tordo, Tiago Santos e Hugo Gonçalves, e realizado por Manuel Pureza.

Cá Por Casa, de Herman José, com realização de Eduardo Rodil, exibido também na RTP1, venceu na categoria de Melhor Programa de Entretenimento.

Nas artes visuais, a mostra Morder o Pó, de Fernão Cruz, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, foi distinguida com o prémio de Melhor Exposição, e o fotojornalista Leonel de Castro recebeu o prémio de Melhor Trabalho em Fotografia por Despojos de Guerra, apresentado no seu site pessoal.

O arquitecto e cenógrafo João Mendes Ribeiro foi distinguido com o prémio de Melhor Trabalho Cenográfico pelo seu trabalho para O Sonho, de August Strindberg, encenado por António Pires para um conjunto de 12 actores e apresentado nas ruínas da antiga Igreja do Carmo, em Lisboa.

Na área da dança, Diana Niepce foi distinguida com o prémio para a Melhor Coreografia por Anda Diana, e Sara Garcia recebeu o de Melhor Bailarina pela sua actuação em Fecundação e Alívio neste Chão Irredutível onde com Gozo me Insurjo, de Hugo Calhim Cristóvão e Joana von Mayer Trindade.

Cada categoria teve um júri constituído por três personalidades, a saber: Rita Pimenta, Teresa Carvalho e Luísa Mellid Franco, na literatura; no teatro, Rui Monteiro, Helena Simões e Gonçalo Frota; na rádio, João David Nunes, Henrique Amaro e António Sala; na música, Miguel Ângelo, Paulo Furtado e Eurico Carrapatoso; nas artes visuais, Aida Sousa Dias, Alfredo Cunha e Luísa Ferreira; no cinema, Rui Tendinha, Jorge Leitão Ramos e Inês Lourenço; na televisão, Isabel Medina, Paulo Sérgio Santos e Jorge Paixão da Costa; e na dança, finalmente, Paula Varanda, Pedro Mendes e Maria João Guardão.

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